Medidas do PAC serão aprovadas no Congresso, diz Palocci

Feb 01 2007
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Portal Estadão, 1/2/2007
 
Ex-ministro também disse que votará em Chinaglia para a presidência da Câmara

Eugênia Lopes e Fabio Graner

BRASÍLIA – O deputado Antonio Palocci (PT-SP), ministro da Fazenda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira que as propostas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão aprovadas pelo Congresso. Ao chegar ao Salão Verde, Palocci foi abordado por jornalistas, que lhe perguntaram como votará na eleição desta quinta para a presidência da Câmara – se no líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), na reeleição do atual presidente, Aldo Rebelo (PC do B-SP), ou no deputado do PSDB Gustavo Fruet.

“No Arlindo, no Arlindo”, respondeu, afastando-se. Jornalistas lhe perguntaram, ainda, se o PAC será ou não aprovado pelo Legislativo. “Passa, passa. Aprova”, respondeu.

Palocci perdeu o cargo de ministro da Fazenda ao ser acusado de ter mandado violar o sigilo bancário de caseiro que o havia identificado como freqüentador de uma mansão, em Brasília, onde estariam ocorrendo festas e repartição de dinheiro suspeito.

Teste

Já o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo na Câmara, afirmou que o grande teste da unidade da base aliada após a eleição desta quinta para a presidência da Casa será a votação do PAC.

“O PAC será o teste da unidade da base e vai demonstrar quem tem vontade de estar no governo e não só participar do POC – Plano de Ocupação de Cargos”, afirmou Albuquerque.

Ele se disse confiante na vitória, num segundo turno, da candidatura do atual presidente do Senado, Aldo Rebelo (PC do B-SP), à reeleição.

Na avaliação de Albuquerque, os apoiadores da candidatura do líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia, começam a dar sinais de desespero para tentar ganhar no primeiro turno, porque, segundo o vice-líder, o favorito, numa segunda rodada de votação, é Aldo. “Temos um eleitorado oculto, que não declara seu voto para não haver pressão”, comentou Albuquerque. Ele disse que contabiliza mais de 200 votos para Aldo no primeiro turno, do total de 513 deputados.