Transbrasiliana: audiência define reparos para trecho de rodovia que interliga municípios da região. Asfalto e reforço em pontes são primeiras ações para melhorar via
A rodovia que cruza o país de norte a sul também interliga municípios da região. De Passo Fundo a Erechim, passando por Coxilha, Sertão e Getúlio Vargas, a BR 153, conhecida como Transbrasiliana, é uma alternativa à RS 135. Entretanto, o trecho não é asfaltado e por ser antigo, apresenta algumas necessidades de melhorias. A Amau (Associação dos Municípios do Alto Uruguai) esteve presente, ao lado de representantes de Passo Fundo e de outros municípios interessados, em uma audiência pública realizada no dia 21 de agosto, no Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), em Porto Alegre, onde ficaram acertados reparos em alguns pontos da rodovia. De acordo com o coordenador-geral da Amau, Marino Ferst de Andrade, a entidade apresentou um levantamento – inclusive com fotografias – da Transbrasiliana, mostrando a necessidade de reformas, especialmente em pontes que possibilitam a travessia de rios e riachos. “São 11 pontes, muitas delas construídas por volta de 1953, quando os veículos carregavam, no máximo, 12 mil quilos. Hoje os caminhões levam 120 toneladas”, explica. Conforme o coordenador, ficou definido que as pontes serão reforçadas através do trabalho de engenheiros do Dnit. Outro ponto acertado na audiência foi o novo projeto para a rodovia, que prevê a pavimentação e deve ficar pronto até o final do ano. “O deputado Beto Albuquerque se comprometeu em angariar recursos para reformas e o Dnit fará a licitação do novo projeto”, afirmou Andrade. A verba estimada para as obras gira em torno de R$ 2,2 milhões.
Região prejudicada
A rodovia Transbrasiliana poderia ser uma rota alternativa viável para quem precisa viajar de Passo Fundo a Erechim, sem contar o trecho que liga a região ao restante do país. No entanto, devido à via ainda não ser asfaltada, poucos motoristas se arriscam. “É uma necessidade urgentíssima. Os dois municípios saem prejudicados”, destaca Andrade. A não utilização da BR 153 faz com que o tráfego na RS 135 seja mais intenso. Segundo o coordenador da Amau, um levantamento feito pelo posto de pedágio de Coxilha aponta que desde 2002, mais de seis milhões e duzentos mil veículos passaram pela via, em sua maior parte caminhões pesados. De janeiro a julho deste ano foram 639.661 veículos. Andrade projeta que até o final de 2008 a soma ultrapasse os 10 milhões de veículos.
Estrada antiga
Segundo o Dnit, a BR 153 é a quarta maior rodovia do Brasil e liga os municípios de Marabá, no Pará, a Aceguá, no Rio Grande do Sul. Ela tem mais de 4 mil quilômetros de extensão e foi iniciada na década de 1960.
