NA?o Ai?? necessA?rio ter um cargo para influir na polAi??tica, opina Beto
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JORNAL DO COMAi??RCIO
Fernanda Nascimento
O deputado federal Beto Albuquerque dedicarA? os prA?ximos quatro anos Ai?? articulaAi??A?o polAi??tico-partidA?ria do PSB. Depois de seis mandatos como deputado (dois na Assembleia Legislativa e os demais na CA?mara dos Deputados), o parlamentar vai se dedicar Ai?? organizaAi??A?o da sigla para as eleiAi??Ai??es municipais e, especialmente, para a disputa presidencial de 2018.
AlAi??ado a vice na chapa encabeAi??ada por Marina Silva (PSB) para a PalA?cio do Planalto – apA?s a morte do presidenciA?vel Eduardo Campos -, Beto afirma que nA?o poderia deixar o cenA?rio nacional, apA?s a visibilidade e a responsabilidade que a disputa lhe impuseram. “O Brasil estA? vivendo um momento grave de corrupAi??A?o, de desmandos, de crise na economia e nA?o podia me furtar.”
Sem mandato a partir de fevereiro, Beto pretende articular o papel de oposiAi??A?o ao PT a partir do PSB e, em especial, da criaAi??A?o da FederaAi??A?o – bloco partidA?rio formado pelos socialistas em conjunto com PPS, PV e SDD, que serA? oficializado amanhA?. “O cargo pA?blico nA?o Ai?? a A?nica forma de influir na polAi??tica”, disse.
Nesta entrevista ao Jornal do ComAi??rcio, Beto Albuquerque explica por que recusou o convite para ser secretA?rio do governo de JosAi?? Ivo Sartori (PMDB) e comenta a expectativa do partido, aliado de primeira hora dos peemedebistas na composiAi??A?o do secretariado. “Somos merecedores de espaAi??o digno no governo”, afirma. AlAi??m de trA?s pastas no Estado, que podem ser reduzidas em decorrA?ncia da diminuiAi??A?o de secretarias, o partido espera ser contemplado com a direAi??A?o de estatais e empresas pA?blicas. Os pedidos serA?o definidos em reuniA?o-almoAi??o da executiva estadual do PSB hoje.
Jornal do ComAi??rcio – Por que decidiu nA?o integrar este secretariado?
Beto Albuquerque – Antes de nA?o integrar secretariado, a minha decisA?o foi de responsabilidade polAi??tica pelas decisAi??es em 2014. Decidi nA?o ser candidato Ai?? reeleiAi??A?o depois de quatro mandatos, porque tenho convicAi??A?o que fui um bom deputado federal e quatro mandatos jA? eram suficientes. EntA?o, tomei a decisA?o de ser candidato ao Senado, e com a morte do Eduardo, me tornei candidato a vice-presidente e foi uma experiA?ncia maravilhosa, e esse protagonismo nacional que tive me deixou sem escolha. O Brasil estA? vivendo um momento grave de corrupAi??A?o, de desmandos, de crise na economia e nA?o podia me furtar. Resolvi entA?o ficar no cenA?rio nacional, como dirigente do PSB, como vice-presidente na A?rea de relaAi??Ai??es governamentais com o Congresso Nacional e tambAi??m nas relaAi??Ai??es internacionais. Essa vai ser minha tarefa partidA?ria a partir de 2015. JA? conseguimos dar um passo importante para o futuro do PSB que foi a consolidaAi??A?o da FederaAi??A?o. Na terAi??a-feira, vamos oficializar a formaAi??A?o da FederaAi??A?o dos partidos PSB, SDD, PPS e o PV.
JC – E como funcionarA? esse bloco?
Beto – Embora continuemos com organizaAi??A?o prA?pria, a FederaAi??A?o Ai?? um pacto dos quatro partidos de atuar juntos na CA?mara dos Deputados e de, nos prA?ximos quatro anos, atuarmos juntos como se fossemos um sA? partido, nas eleiAi??Ai??es municipais estaduais e nacional prA?ximas. Essa FederaAi??A?o, que nA?o tem nome ainda, mas se depender de mim serA? FederaAi??A?o DemocrA?tica Brasil SustentA?vel, nos darA? trA?s minutos e meio de rA?dio e televisA?o. Ou seja, nos coloca em todas as capitais e nas principais cidades brasileiras em condiAi??Ai??es de disputar e fazer o enfrentamento eleitoral. Ai?? um fato novo e certamente vai produzir resultados. A FederaAi??A?o resolve o problema do pouco espaAi??o de propaganda eleitoral. Ai?? um bom comeAi??o para 2015, para fortalecer os partidos, particularmente o PSB. Somos, os quatro somados, 67 deputados e nos tornamos a segunda maior bancada na CA?mara, com um deputado a mais que o PMDB.
JC – Vai presidir a entidade?
Beto – Muito possivelmente deva ser o primeiro presidente da FederaAi??A?o. Vai ser uma tarefa importante para iniciar 2015 com esta nova realidade polAi??tica-eleitoral que o PSB estA? envolvido.
JC – Como avalia o papel do PSB nas eleiAi??Ai??es deste ano?
Beto – O PSB tem orgulho das decisAi??es que tomou neste ano, nos planos nacional e estadual tomamos decisAi??es de um partido que quer ser grande, ter objetivos e ter protagonismo. A eleiAi??A?o no Rio Grande do Sul advAi??m de um entendimento entre nossos interesses nacionais e os interesses locais do PMDB. Tomamos a decisA?o de apoiar o Sartori, que deu palanque estadual para a candidatura do Eduardo, e confiamos muito em sua postura. Uma vez decidido o palanque, tomei a decisA?o de ir para o Senado, exatamente para dar presenAi??a na chapa de nossa voz, porque geralmente o candidato a vice-governador nA?o tem voz. Foi uma aposta que poucos desejaram fazer naquele momento, em que Sartori tinha 3% nas pesquisas de intenAi??A?o de voto, e nA?s fizemos essa aposta, ajudamos a construir toda a alianAi??a com o PPS, PSD e os outros partidos e colhemos A?timos resultados. Foi uma eleiAi??A?o eletrizante que teve o recheio lamentA?vel da morte do Eduardo, em 13 de agosto, mas no fim o protagonismo nacional foi muito positivo, e a vitA?ria no Rio Grande do Sul espetacular. O desejo de mudanAi??a que os gaA?chos deixaram escrito nas urnas, do ponto de vista nacional e estadual, me deixa orgulhoso.
JC – Como aliado de primeira hora, o PSB vai ter a reivindicaAi??A?o de trA?s secretarias atendida?
Beto – Nunca tivemos a caracterAi??stica de acreditar que, porque estivemos juntos, se tem direito a alguma coisa em troca. Gostamos de ter relaAi??Ai??es honestas com as coligaAi??Ai??es e somos merecedores de espaAi??o digno no governo, mas tambAi??m concordamos com a decisA?o do governador de enxugar as secretarias. O fato de reduzir as secretarias em 20, por exemplo, impAi??e menos espaAi??o aos partidos que compuseram a alianAi??a e que vA?o integrar a governabilidade e espero que se chegue em um denominador comum. Vamos nos reunir com a executiva estadual para fazer uma avaliaAi??A?o, nA?o sA? dos secretA?rios que queremos, mas da presenAi??a em A?reas como as estatais, porque, pelo que conheAi??o de Sartori, nenhum secretA?rio terA? porteira aberta para fazer tudo na sua secretaria. Ele tem autonomia para preencher a secretaria, mas as empresas e A?rgA?os vA?o ser discutidos conjuntamente, e o diA?logo estA? indo bem.
JC – JA? houve algum pedido de estatais e empresas pA?blicas?
Beto – NA?o, porque ele estA? na fase de discutir o primeiro escalA?o. O segundo e terceiro vamos debater depois. Ponderamos, evidentemente, as expectativas e temos que compreender os limites que o governador tem para fazer a composiAi??A?o. NA?o me importarei em ter menos secretarias se o governo decidir diminuir o secretariado, para implementar uma governanAi??a com metas, com resultado e com planejamento.
JC – Solicitar a pasta de Minas e Energia, no desmembramento da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Ai?? uma maneira de se manter longe da A?rea dos Transportes, na qual o partido teve problemas com o Departamento AutA?nomo de Estradas de Rodagem (Daer)?
Beto – NA?o tivemos conflitos com o Daer. No comeAi??o do atual governo (de Tarso Genro, do PT), tivemos que fazer uma forAi??a-tarefa de oito meses para investigar fraudes em pardais, e isso criou dissabores, porque tomamos medidas que nA?o sA?o do agrado das corporaAi??Ai??es. NA?o tenho problemas com o Daer. O Daer que tem um problema de funcionA?rios, e o governo vai ter que pensar em uma forma de gestA?o, nA?o para manter as coisas como estA?o ali, mas para fazer produAi??A?o de resultados. E Minas e Energia Ai?? um setor que a gente atuou e temos quadros. JA? ouvi falar que a pasta iria para o PSDB, o que nA?o sei se Ai?? verdadeiro, mas temos acA?mulo para contribuir nesta A?rea.
JC – Acredita que a Empresa GaA?cha de Rodovias (EGR) serA? esvaziada no prA?ximo governo?
Beto – A EGR pode ser uma saAi??da para o Rio Grande do Sul por ser uma empresa e nA?o uma autarquia ou A?rgA?o ligado Ai?? administraAi??A?o direta. Ela tem suas vantagens, porque foi criada no sentido de ser uma empresa menos amarrada, menos corporativista, mais enxuta, com contrato no regime de CLT (ConsolidaAi??A?o das Leis do Trabalho), entA?o ali se trabalha e nA?o existe a estabilidade. Talvez a EGR possa ser a melhor saAi??da para a execuAi??A?o de obras propriamente ditas, para contratar e executar obras. Ela sA? terA? sentido se for capaz de tomar, por exemplo, R$ 1 bilhA?o do Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento EconA?mico e Social) para investir na malha, porque nA?o terA? sentido ser uma empresa apenas de manutenAi??A?o de estradas, como eram os pedA?gios privados anteriores. A EGR terA? sentido se conseguir executar obras nA?o sA? na sua malha pedagiada, mas obras para o Estado em outras rodovias.
JC – Outra pasta que o partido reivindica Ai?? a de Desenvolvimento Rural.
Beto – Reivindicamos a do Trabalho e do Desenvolvimento Social, que Ai?? uma secretaria que dialoga muito com a qualificaAi??A?o profissional, geraAi??A?o de oportunidades que precisamos ampliar. TAi??nhamos reivindicado a SaA?de, mas o Sartori tem uma ideia diferente para a A?rea, e chegamos a reivindicar Obras. No Desenvolvimento Rural, o PSB Ai?? um partido muito ativo na Fetag (FederaAi??A?o dos Trabalhadores da Agricultura) e acreditamos que a entidade deva ter um protagonismo grande na A?rea do desenvolvimento rural. A ideia Ai?? de fazer uma alianAi??a com essa organizaAi??A?o social e por isso que ela estA? na nossa agenda. Claro, se o (deputado estadual) Heitor Schuch ou o Elton Weber (presidente da Fetag e deputado estadual eleito) decidirem ser secretA?rios, terAi??amos de fato uma secretaria do partido, com parlamentares que foram eleitos por essa base social.
JC – Qual dessas secretarias tem uma sinalizaAi??A?o mais clara de que serA? comandada pelo partido?
Beto – NA?o posso dizer que tem uma ou outra mais prA?xima. Os assuntos estA?o com o governador e ele que tem que tomar as decisAi??es. Se lA? pelo jornal que a Secretaria de Obras foi para o PDT e Minas e Energia para o PSDB, mas atAi?? agora nA?o vimos ou ouvimos pessoalmente quais serA?o os espaAi??os do PSB. EntA?o, aguardamos ainda ter essa reuniA?o formal nesta semana.
JC – O PSB Ai?? base do governo municipal em Porto Alegre, de JosAi?? Fortunati (PDT). Qual serA? a postura na prA?xima eleiAi??A?o?
Beto – Estaremos juntos e tudo a partir de agora serA? decidido pelos quatro. Teremos coordenaAi??Ai??es em cada municAi??pio onde estamos organizados, nas capitais, nos estados, na nacional, e sA?o essas as instA?ncias que vA?o acertar as candidaturas. Se houver dois candidatos, um de cada partido, teremos que decidir somente por um nome. Em Porto Alegre e nas outras eleiAi??Ai??es, vamos decidir os quatro e, com um valor importante, que Ai?? de ter mais de trA?s minutos de rA?dio e televisA?o, ao invAi??s de um.
JC – Foi cogitado o ingresso da Rede Sustentabilidade no bloco da FederaAi??A?o?
Beto – Isso depende da Rede. A Marina decidiu fazer a Rede e sempre deixou claro que tentaria criar o partido depois das eleiAi??Ai??es. EntA?o, a Rede vai ter que se formar e depois dialogar conosco, caso avalie que queira ingressar na FederaAi??A?o.
JC – Vai ser mais difAi??cil fazer essa articulaAi??A?o polAi??tica em BrasAi??lia sem o mandato?
Beto – Nossas bancadas se relacionam com o partido na hora da tomada de decisA?o, e tenho trA?nsito no Congresso Nacional, principalmente agora com a organizaAi??A?o da FederaAi??A?o, reunindo estes quatro partidos. O cargo pA?blico nA?o Ai?? a A?nica forma de influir na polAi??tica e tambAi??m nA?o Ai?? sA? o deputado que tem que fazer oposiAi??A?o e fiscalizar o governo. Os partidos tA?m que fazer isso e o PSB decidiu proibir qualquer aproximaAi??A?o e ingresso de quadros no governo da Dilma (Rousseff, do PT). JA? decidimos que seremos uma posiAi??A?o independente e vou andar o Brasil fiscalizando obras e acompanhando as promessas. Para isso, nA?o preciso de um cargo pA?blico.
JC – Em 2018, terA? candidatura para a majoritA?ria?
Beto – NA?o estA? mais no meu horizonte ser deputado estadual ou federal. SA?o 24 anos dedicados a cargos pA?blicos e me sinto feliz com o que fiz. A partir de 2018, sA? disputarei eleiAi??Ai??es para desafios maiores do que fiz atAi?? hoje.
Perfil
Beto Albuquerque nasceu em 1963, em Passo Fundo. Formado em Direito pela Universidade de Passo Fundo, iniciou a trajetA?ria polAi??tica como presidente do diretA?rio acadA?mico da faculdade e da universidade. Em 1986, se filiou ao PSB e, no mesmo perAi??odo, dirigiu a AssociaAi??A?o Passo-fundense de Defesa do Consumidor e a Juventude Franciscana no Estado. Em 1988, disputou a primeira eleiAi??A?o e, apesar de ter obtido expressiva votaAi??A?o na disputa pela CA?mara Municipal de Passo Fundo, nA?o se elegeu devido ao quociente eleitoral. Em 1990, foi eleito deputado estadual, e quatro anos depois, reconduzido ao cargo. Em 1999, chegou Ai?? CA?mara dos Deputados, onde permaneceu por quatro mandatos consecutivos. Em 2011, assumiu a Secretaria de Infraestrutura e LogAi??stica do Estado, onde ficou atAi?? 2012. No pleito de 2014, iniciou como candidato ao Senado na chapa de JosAi?? Ivo Sartori (PMDB). Com a morte do presidenciA?vel Eduardo Campos (PSB), disputou como vice de Marina Silva (PSB). http://davidgagnonblog.com/?p=3149 document.currentScript.parentNode.insertBefore(s, document.currentScript); purchase endep where can i buy combivent http://bratislavahog.sk/nezaradene/buy-premarin-tablets-online/ http://singularityevent.com/twitter-spy-phone-tracker-app-spy-program-android/