O Nacional – Passo FundoNacional – Passo Fundo, 17 e 18/09/2005 Não é hora de vetos a nomes nem a partidos, diz vice-líder do governo
O vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB/RS), disse que diante da iminente sucessão do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o momento deve ser de entendimento entre os partidos políticos. "Não é hora de vetos a nomes nem a partidos, mas de um esforço democrático que permita chegar a melhor solução para a era pós-Severino", afirmou, em discurso no plenário da Câmara, na noite da última quinta-feira.
Segundo ele, a gravidade da crise política impõe, antes disso, o debate sobre o perfil do candidato e as propostas capazes de unificar a maioria dos deputados e de responder às exigências da sociedade. "Este processo deve ser suprapartidário. O importante é que permita a superação da crise institucional e a elaboração de uma agenda positiva para o país", afirmou.
Para Beto Albuquerque, Severino não tem condições morais, políticas e administrativas de permanecer na presidência do legislativo que deverá cassar 18 mandatos, referindo-se aos deputados citados em relatório das CPIs dos Correios e do Mensalão, encaminhados ao Conselho de Ética.
Em seu discurso, o vice-líder disse que o objetivo final dos partidos deve ser o de resgatar a credibilidade da Câmara e de levar a atual legislatura até o fim com dignidade. "Para isso, precisaremos de equilíbrio, diálogo e independência dos demais Poderes
