Oposição estuda substituição
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A TardeA Tarde, 9/9/2005
Oposição estuda substituição
(Brasília – da Sucursal) – Lideranças da oposição e da base governista já discutem, reservadamente, o nome do substituto de Severino Cavalcanti (PP-PE) na presidência da Câmara Federal. PFL e PSDB já deram o recado ao PT: até aceitam respeitar a proporcionalidade e dar a presidência aos petistas. Em troca, querem um nome que agrade às oposições e tenha trânsito na Casa. Pefelistas e tucanos já indicaram ao PT os nomes de dois deputados que teriam aceitação fácil entre os oposicionistas: Sigmaringa Seixas (PT-DF) e José Eduardo Cardozo (PT-SP).
Existem algumas possibilidades para a saída de Severino Cavalcanti. Numa delas ele pede afastamento da Presidência da Câmara, mas continua como deputado. O vice-presidente, deputado José Tomaz Nonô assume o cargo. Num outro cenário Severino pode renunciar ao cargo de presidente da Câmara, ou até ao mandato de deputado.
Nesse caso o vice-presidente tem cinco sessões para convocar uma nova eleição. Um terceiro cenário é ele permanecer no cargo, mesmo com um processo de quebra de decoro parlamentar correndo no Conselho de Ética. Se for cassado, acontece o mesmo que no caso de afastamento voluntário: terá que ser convocada uma eleição.
Os nomes apontados como palatáveis pelas oposições já foram procurados para discutir a possibilidade de suceder a Severino. Essas conversas, entretanto, têm sido mantidas em sigilo. Até porque surgem outros postulantes ao cargo. Um deles o petista mineiro Paulo Delgado. Outro o gaúcho Beto Albuquerque, do PSB.
A guerra já começou. No PT José Eduardo Cardozo, por exemplo, sofre resistência, principalmente da ala ligada ao atual líder do governo na Câmara, o paulista Arlindo Chinaglia, ele próprio candidatíssimo a suceder Severino. Até agora, Chinaglia tem a missão do governo de sustentar Severino no posto, mas já avisou que disputará a presidência, em caso de nova eleição. Teria o apoio de nomes como João Paulo Cunha e José Mentor, desafetos de Cardozo dentro do PT e envolvidos até o pescoço nas denúncias de mensalão.
O PFL aceita dialogar, mas deixou um recado: se o PT insistir em apresentar um nome que não seja de consenso na casa, o partido passará a postular a presidência.