Ministros vão à Câmara explicar programa aos deputados da base aliada na próxima semana
Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem que vai distribuir as relatorias dos projetos de lei e medidas provisórias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) segundo a proporcionalidade dos partidos na Casa. “A oposição terá relatorias. O critério será o mesmo para os deputados que compõem a base do governo e para os de oposição”, afirmou Chinaglia. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, estão previstos no PAC sete medidas provisórias e cinco projetos de lei.
De acordo com Chinaglia, na semana que vem haverá um esforço concentrado para votar matérias na Casa. Para isso, serão feitas sessões deliberativas de segunda a sexta-feira. “Na medida em que definimos horários e datas, tenho absoluta convicção que os deputados vão comparecer”, disse o presidente da Câmara.
O vice-líder do governo na Casa, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que os ministros Guido Mantega (Fazenda), Dilma Roussef (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Planejamento) devem participar, no próximo dia 14, de uma reunião com os partidos da base aliada do governo e da oposição.
Segundo ele, o o encontro será para explicar aos parlamentares as propostas do PAC. “Para que ninguém antecipadamente formule convicções, tome decisões sem o real debate com esses que têm o comando gestor do PAC”, disse Albuquerque ao sair de reunião de líderes ontem pela manhã.
Enquanto isso, os partidos da base aliada já estudam como vão pleitear as relatorias dos projetos do PAC. “São projetos do governo e é natural que os relatores sejam identificados com o programa de governo”, disse o líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro (RR), ao sair ontem da reunião de líderes com o Arlindo Chinaglia. Segundo Castro, o PAC foi mencionado como uma das prioridades na reunião de ontem, mas não foi acertada nenhuma questão de agenda. Ele informou que há uma discussão sobre se será criada uma comissão única para discutir as propostas do PAC, mas uma parcela dos líderes, segundo ele, defende que cada projeto siga o curso natural
