Pac: aliados intensificarão trabalho no congresso para aprovar pacote
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Último Segundo – IG, 23/1/2007
SAFRAS (23) – O Governo federal tem consciência de que vai precisar da Câmara e do Senado para implementar a maior parte das 50 medidas propostas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo aliados, os líderes governistas terão de trabalhar intensamente para conseguirem maioria e, portanto, a aprovação das propostas.
Não será uma tarefa fácil. Vai ser preciso curar as feridas (provocadas pela acirrada disputa pela Presidência da Câmara, que envolve dois aliados) e depois partir para o trabalho em defesa do PAC, disse vice-líder do Governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RJ).
Do pacote inteiro, sete medidas provisórias (MPs) e a mesma quantidade de projetos de lei, que dependem de aprovação de deputados e senadores para serem implementados, já foram enviados ao Congresso.
Segundo o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), os aspectos mais controvertidos do pacote poderão ser negociados. Há aspectos polêmicos, mas superáveis, afirmou ele. O teste mais difícil para (os partidos que integram) a coalizão, sem dúvidas, será a Reforma Tributária.
Determinado a assegurar a aprovação das medidas, o líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande (ES), eleito senador, afirmou que será possível garantir a vitória ao Governo federal no Congresso. O plano é audacioso. Temos condição política diferente para aprovar. Não dá para fazer um omelete sem quebrar os ovos, disse.
O líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN), foi ácido ao criticar as medidas anunciadas ontem. Isso é dever de casa de aluno de escola primária. Como eles prometeram o espetáculo do crescimento e não cumpriram, agora promovem o espetáculo da embromação, alfinetou.