O Nacional – Passo FundoO Nacional – Passo Fundo, 10/2/2006 Passo Fundo pode ter serviço público de emergência
A comunidade passo-fundense poderá contar, ainda neste ano, com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O programa tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de emergência, por meio do telefone 192, que funciona 24 horas por dia.
A decisão foi tomada pelo prefeito Airton Dipp, depois de reunião em Brasília entre a coordenadora nacional de urgência e emergência, Irani Ribeiro de Moura, o deputado Beto Albuquerque (PSB) e os secretários de Saúde, Alberi Grando, e do Desenvolvimento, Marcos Cittolin. Durante o encontro, Irani apresentou as vantagens do Samu e os detalhes da parceria que deve ser firmada entre União, Estado e município.
De acordo com Alberi Grando, "temos que colocar tudo no papel, pois não adianta recebermos viaturas e verba para construir um local para guardá-las, se existe uma despesa, que é muito alta. Vamos ter que avaliar com o prefeito Dipp e a 6ª Coordenadoria Regional de Saúde, pois o projeto demanda despesas e teremos que avaliar qual é o custo que isso trará para o município. Acho que essa é uma possibilidade, mas precisamos analisar com cautela, porque trabalhamos com recursos públicos".
Com um repasse mensal do governo federal de R$ 75 mil (para custeio), o serviço do Samu é prestado por equipes de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas, que atendem às urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população. O Ministério da Saúde está investindo R$ 297 milhões para implantar o Samu. Esses recursos são destinados à compra de modernas ambulâncias, equipamentos para as centrais de regulação médica de urgências e para implantação dos núcleos de educação em urgência, que constituem a primeira fase do projeto de reorganização da atenção às urgências no Brasil.
Segundo Beto Albuquerque, Passo Fundo receberá três ambulâncias – um veículo de suporte avançado, para atendimento de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares, e outros dois de suporte básico. O programa também prepara os profissionais de saúde para atuar nas ruas. "Esse é um serviço que tem contribuído para a qualificação e rapidez do atendimento de emergência em todo o país e que a nossa cidade passará a contar este ano", afirma o vice-líder do governo.
Atualmente, o Samu atende a um total de 62 milhões de pessoas, em 18 estados brasileiros. Através do programa, o governo federal está reduzindo o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de socorro rápido
