Ministro da Justiça reafirmou segunda-feita que a cidade será uma das beneficiadas
O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) afirmou ontem, no programa Bom Dia Região na Diário AM 570 khz, que haverá a construção, com verbas federais, de um presídio em Passo Fundo com 800 vagas. Ainda não há previsão. Atualmente a carceragem regional na cidade tem 500 presos, mas o limite máximo é de 280 detentos. São 375 mandados de prisão sem cumprimento na Comarca do município. Para mudar essa realidade, o Ministério Público (MP) solicitou auxilio do parlamentar, no ano passado, para a construção de uma nova casa de detenção. Ainda em 2004, Albuquerque encaminhou um pedido ao Departamento Prisional da Secretária Nacional de Segurança e ao ministro da Justiça, Márcio Tomas Bastos. Na segunda-feira, Bastos reafirmou a Albuquerque que a cidade será uma das contempladas. “Conseguimos incluir Passo Fundo na rede da construção de presídios federais, que o governo pretende e está obviamente querendo fazer em nível nacional”, frisa Beto. Segundo ele, serão presídios modelos em relação a educação, espaço e funcionalidade. “Fico surpreendido com o número de apenados que possui o presídio”. Albuquerque retratou segunda-feira ao próximo ministro da Justiça todos os fatos que resultaram na rebelião na casa de detenção na última quinta-feira. “É bom destacar que o presídio de Passo Fundo é do Estado. A intenção é fazer um presídio federal, cuja destinação para presos federais. Mas a nova construção também poderá contemplar detentos do julgados na esfera estadual”. A votação depara um crédito suplementar a Secretária da Justiça de R$ 500 milhões está sendo aguardada. Com o montante seria possível iniciar obras de 12 estabelecimentos penais. “Acho que o governo do Rio Grande do Sul deve agir de forma pró-ativa, no sentido de enfrentar esse tema”, lembra. “Esperamos que haja um local adequado até mesmo para as visitas. Queremos acelerar o processo, já que a decisão já foi tomada, mais uma vez, pelo ministro Márcio Tomas Bastos”. Sobre os mandados judiciais não cumpridos o deputado declara que “é um absurdo”.
