PCdoB é o mais assediado em Porto Alegre

Oct 07 2008
(0) Comments

O Popular, 7/10/2008

Porto Alegre – Deflagrado o período de assédio a novos aliados, José Fogaça (PMDB), candidato à reeleição, recebeu sinais mais animadores do que os enviados à adversária Maria do Rosário (PT), com quem vai disputar o segundo turno de Porto Alegre. Os potenciais aliados do prefeito não tomaram posição, mas também não colocaram objeções. O DEM e o PSDB definem seus rumos em reuniões internas nesta semana.

O PP também, mas seu presidente estadual, Jerônimo Goergen, já defendeu o apoio a Fogaça por coerência com o que pensa o partido. Ninguém fez manifestação semelhante para o lado de Maria do Rosário. A cúpula do PSOL optou pela neutralidade. O PT espera contar com os votos da base do partido.

O apoio mais cobiçado do segundo turno, no entanto, é o de Manuela D’Ávila (PCdoB), que conquistou 15% dos votos no primeiro turno numa coligação com PSB, PPS, PR, PTdoB, PMN e PTN. A expectativa do PT era que a aliança se desfizesse para contar com a adesão, considerada natural, dos socialistas e dos comunistas.

Mas o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), coordenador da campanha de Manuela, e o deputado estadual Raul Carrion, líder do PCdoB no Estado, advertiram que o alinhamento não é mais automático.

“A censura insistente da Maria do Rosário ao PPS criou sérios problemas de diálogo conosco”, explica Beto Albuquerque. O comentário é uma referência a declarações dadas pela candidata petista no primeiro turno, nas quais ela criticava a aliança de Manuela e dizia que não queria o apoio do PPS.

Segundo Albuquerque, a aliança que lançou Manuela não foi montada para apenas uma eleição, mas para unir um campo político. Os partidos farão discussões internas e devem tomar uma decisão coletiva na sexta-feira. Que poderá ser pelo apoio em bloco a um dos candidatos ou para que cada sigla tome sua própria decisão.

Até lá, os partidos serão assediados para o segundo turno. “Já estamos juntos com o presidente Lula, já estivemos juntos muitas vezes aqui e eu quero retomar essa união”, diz Maria do Rosário.