Pedágio onera empresas que operam no porto
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Jornal Bom Dia Comunidade – Rio Grande
Uma das alternativas para impedir que o bom desempenho do complexo portuário gaúcho seja abalado é a diversificação de modais de transporte. Em recente visita a Rio Grande, o deputado federal Beto Albuquerque, que atuou como secretário estadual dos Transportes, defendeu o investimento em sinalização na lagoa dos Patos para viabilizar o transporte de cargas via barcas também durante a noite.
O diretor da Superintendência do Porto (Suprg), Vidal Áureo Mendonça, tem a mesma opinião. Segundo ele, o estímulo ao modal hidroviário possibilitaria que as embarcações viessem carregando soja e voltasse com adubo. Para se ter uma idéia do custo imposto pelos pedágios, levantamento feito pela Marcopolo indica que de cada mil ônibus enviados de Caxias do Sul para Rio Grande, o equivalente ao valor de um é pago nos pedágios.
Isso significa que o custo para a empresa com o pedágio é de 0,1% sobre o total do valor dos carros que manda para embarque em Rio Grande. Os ônibus com dois eixos pagam R$ 6,30 e com três eixos, R$ 9,40.
Uma superoperação envolvendo o embarque de 180 tratores, 16 colheitadeiras, 5 usinas de asfalto, 500 toneladas de madeira serrada, 71 volumes de carga geral e um ônibus, e o desembarque de 50 contêineres movimentaram o Porto Novo na tarde de terça-feira, 7. Os veículos sobre-rodas, carga que registra maior crescimento entre as mercadorias movimentadas pelo porto, têm como destino os Estados Unidos, Venezuela, Panamá, Colômbia e México.
A superoperação, realizada no navio Rosário, teve duração de 10 horas. Foram requisitados 62 trabalhadores portuários avulsos, entre conferentes, arrumadores, estivadores e consertadores.
Com esse embarque, já foram movimentados em 2005, 4.402 veículos que foram embarcados rodando (importação e exportação), dos quais 2.177 para a importação e 2.225 à exportação. Nas exportações, o destaque ficou com os maquinários agrícolas (tratores e colheitadeiras), sendo movimentados até o momento, incluindo esse embarque, 1.618 tratores e 469 colheitadeiras. Além disso, destacam-se nas exportações as usinas móveis de asfalto que estão sendo embarcadas mensalmente, o que não ocorria em 2004, quando apenas cinco meses do ano registraram movimentação desse tipo de carga.
No quadrimestre de 2005, em comparação com igual período de 2004, o crescimento de veículos sobre-rodas foi de 122,3%. As exportações tiveram incrementos de 59,2%. As máquinas agrícolas foram a carga que ficou em maior evidência nas exportações, tendo um acréscimo de 80%. Os tratores, maior movimentação entre as cargas exportadas, cresceram 94,4%. Já as colheitadeiras tiveram um incremento menor, de 46,1%, com 453 unidades.
As importações registraram crescimento de 250.5%, e a alta movimentação deve-se às operações realizadas pela Toyota que importou 650 Hilux, o que não ocorria nos anos anteriores. O crescimento também ocorreu devido à utilização do pátio automotivo para a internacionalização de veículos (modelo Corsa Classic) que a GM importa por terra da Argentina, uma novidade no porto. O Corsa Classic foi o veículo que na importação destacou-se pelo volume atingindo, desembarcando no porto 1.526 unidades.