PóloSul e UPF assinam carta de intenções com Microsoft

Apr 01 2006
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O Nacional – Passo Fundo, 1/4/2006

Na tarde de ontem, no auditório da Biblioteca Central da UPF,
representantes do Pólo de Exportação de Software do Planalto Médio e da
Universidade de Passo Fundo assinaram com a Microsoft, empresa de
desenvolvimento de softwares, uma carta de intenções, firmando parceria
entre as instituições e a empresa.

No decorrer dos próximos anos, a Microsoft pretende disponibilizar aos
estudantes de Ciências da Computação da UPF e às empresas incubadoras e
associadas à PóloSul uma série de programas de incentivo. O diretor da
Microsoft Brasil, Marcos Pinedo, explica que além da aliança acadêmica que
já mantém com a universidade, a empresa irá fortalecer o contrato
existente e empreender novos. A Microsoft também irá disponibilizar às
empresas incubadoras e associadas à PóloSul aplicativos gratuitos.

Para o próximo semestre, os investimentos em Passo Fundo continuarão com o
lançamento do programa Jovem Programador, para o qual a Microsoft irá
disponibilizar material e mão-de-obra para a formação de novos
programadores a partir da rede municipal de ensino. “Nossa intenção é
ampliar nossa atuação na cidade, com a universidade e com o pólo, ajudando
as empresas daqui a crescer”, destaca Pinedo.

O deputado Beto Albuquerque (PSB), que fez os primeiros contatos com a
diretoria da Microsoft no Brasil, ressalta que uma das principais
conseqüências da assinatura dessa parceria é a capacitação dos jovens que
moram nos bairros e vilas da cidade.

O vice-reitor de Pós-Graduação, Carlos Alberto Forcelini, ressaltou que a
instalação do pólo de software em Passo Fundo já teve reflexos na
universidade. “A procura por cursos de pós-graduação na área de ciência da
computação aumentou bastante no último semestre”, complementa.

O ex-secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Marcos Cittolin,
ressaltou que além do peso do nome da Microsoft, as empresas irão ter
acesso a tecnologia de Primeiro Mundo. Ele frisou ainda que empresas de
Passo Fundo, de Casca, Porto Alegre, Marau, Erechim e Santo Ângelo já se
associaram ao pólo. “Isso demonstra que o pólo não é somente da região
Norte do estado, mas de todo o Rio Grande do Sul”, concluiu.

O PóloSul

O Pólo de Exportação de Softwares do Planalto Médio conta com sete
empresas incubadoras, ou seja, com sede dentro de pólo e mais dez empresas
associadas. A idéia é que essas empresas desenvolvam softwares de
qualidade que venham a atender as necessidades do mercado interno e,
principalmente, do mercado externo. O grande objetivo é transformar as
pequenas em grandes empresas através da união e com isso chegar à
exportação da tecnologia desenvolvida.

O software no Brasil

Segundo Pinedo, a Microsoft vê um grande potencial no desenvolvimento de
softwares no Brasil e por isso o incentivo. Ele ressalta que algumas
características específicas podem ser encontradas aqui, como uma demanda
interna bastante grande no que se refere ao desenvolvimento de softwares.
“Talvez o Brasil não seja um grande exportador de software, porque o
consumo0 interno é maior”, observa.

O diretor ressalta que atendendo mais à demanda interna, o país consegue
ganhar mais experiência, principalmente, no modo em que é aplicado esse
software para atender as nossas necessidades específicas. Ele utiliza como
exemplo a urna eletrônica, a declaração de imposto de renda, o sistema de
pagamento bancário, tudo de forma eletrônica e graças aos softwares.
“Estamos muito avançados com relação a outros países. O Brasil explora
muito pouco isso e vemos no país um potencial muito grande de explorar não
somente os softwares, mas modelos de negócio”, salienta Pinedo.