Sim, Ai?? verdade que o PMDB entregou a vaga de candidato ao Senado para Beto Albuquerque (PSB) com o objetivo de ampliar a alianAi??a em torno de seu candidato ao PalA?cio Piratini, JosAi?? Ivo Sartori. Mas esta nA?o Ai?? toda a verdade. O PMDB rifou o ex-governador Germano Rigotto por um conjunto de razAi??es a menos importante de todas Ai?? o fato de ter dois caxienses na chapa.
Rigotto irritou os caciques do PMDB quando divulgou uma nota se retirando da disputa depois de ler em ZH que sete lAi??deres do PMDB, reunidos na Churrascaria Barranco, haviam decidido pela candidatura de Pedro Simon Ai?? reeleiAi??A?o. Na nota, Rigotto dizia que tinha colocado seu nome Ai?? disposiAi??A?o do PMDB quando, em 2013, Simon anunciou que nA?o seria candidato. E reafirmava o discurso de que Simon tinha preferA?ncia.
O que mais pesou foram os problemas do passado e a desconfianAi??a de que Rigotto nA?o se empenharia por Eduardo Campos, embora tenha sido um dos primeiros a sugerir o apoio do PMDB ao ex-governador de Pernambuco. Os socialistas e os companheiros de partido temiam que, por integrar o ConselhA?o, ele nA?o atacasse o governo Dilma com a veemA?ncia que Campos deseja do candidato ao Senado. TambAi??m jogou contra Rigotto o que seria um dos seus trunfos na disputa: a simpatia explAi??cita de lAi??deres do PT, que viam nele o A?nico candidato capaz de derrotar Lasier. EmissA?rios do PT chegaram a enviar recados dizendo que ele nA?o sA? seria poupado de crAi??ticas na campanha, como teria os votos dos que nA?o suportam Lasier, mas nA?o se empolgam com EmAi??lia Fernandes (PC do B).
O temor dos companheiros que nA?o queriam Rigotto era de que, precisando dos votos dos petistas, ele tambAi??m nA?o criticasse o governo Tarso Genro, prejudicando Sartori. A essa preocupaAi??A?o somam-se reclamaAi??Ai??es de que na eleiAi??A?o de 2010 ele nA?o teria se empenhado por JosAi?? FogaAi??a e de que teria perdido a eleiAi??A?o por nA?o aceitar Ibsen Pinheiro como segundo candidato do PMDB ao Senado.
