Programa nasce com a ameaça de impasse político

Jan 23 2007
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Jornal do BrasilJornal do Brasil, 23/01/2007
Programa nasce com a ameaça de impasse político

Karla Correia e Sérgio Pardellas

O fantasma da divisão da base governista para além da disputa pela presidência da Câmara foi uma das marcas do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que dependerá, em grande parte, do ânimo do Congresso. Poucas horas antes do anúncio do pacote, o presidente Lula disse a dirigentes de partidos aliados que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será o "primeiro grande teste" da coalizão governista.

Na reunião, Lula fez um apelo para que a disputa entre Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) seja encerrada em 1º de fevereiro. Também pediu pressa na aprovação das medidas do pacote.

– Vamos discutir com a rapidez que o país requer, com a celeridade que a sociedade cobra, mas o Congresso vai aprimorar e corrigir distorções. – disse, mais tarde, o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Chinaglia minimizou a influência da contenda sobre o futuro do programa no Congresso.

– O PAC é de interesse do país, não será afetado por disputas internas. Já passamos por situações mais difíceis no Congresso e sobrevivemos – disse o líder do governo.

– A partir do dia 2 é só beijinhos e abraços para aprovar as medidas e destravar a economia – completou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), que garante: a prioridade da base é aprovar as propostas que prorrogam a validade da CPMF e da Desvinculação de Receitas da União (DRU).

Lula vai marcar reunião com os partidos da coalizão para aprofundar a discussão sobre as medidas. O encontro, que será intermediado pelo ministro Tarso Genro, deve ocorrer em fevereiro.