Progressistas avaliam coligação com tucanos
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JORNAL DO COMERCIO – PORTO ALEGRE
Encontro antecipou rumo das tratativas do PP para compor com PSDB
A executiva estadual do PP se reuniu ontem à tarde com os pré-candidatos do partido à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal para estabelecer diretrizes para a campanha deste ano. “As bases entenderam que não vamos entregar o prato pronto. A decisão é em abril, quando teremos resultados das pesquisas e das reuniões regionais”, apontou o presidente estadual do PP, Pedro Bertolucci.
Contrariando a expectativa de alguns partidários, a definição sobre a coligação não foi apresentada no encontro, mas tendências entre os progressistas foram antecipadas nos discursos dos líderes.
Um dos temas destacados nas manifestações foi o apoio para a candidatura à reeleição de Yeda Crusius (PSDB). O arranjo esbarra na intenção dos progressistas de coligar nas proporcionais, o que contraria os interesses dos tucanos.
O PSDB quer priorizar a manutenção do número de deputados eleitos – a composição na proporcional com o PP, que é considerado o partido mais bem estruturado no Interior do Estado, poderia ir contra os planos da sigla. Nesse sentido, os pré-candidatos a deputado estadual e federal defenderam que o PP se alie a um partido que ofereça, além das vagas de vice e senador, a coligação nas proporcionais.
“O partido está certo do que quer”, reiterou Bertolucci. Ele salienta que “a questão do PSDB é matemática” e acrescenta: “eles estão preocupados com os números atuais, mas têm que se preocupar com os números futuros, que, por conta de terem ocupado o governo, serão maiores”. Por isso, sustenta que o PSDB não corre risco de minguar se coligar com o PP nas proporcionais.
Mais moderado, o chefe da Casa Civil, Otomar Vivan, entende que os progressistas devem negociar com os tucanos sem fazer imposições. “Quando a gente senta para negociar, não pode ir com a questão já fechada”, sustenta.
O deputado estadual Jerônimo Goergen, que antecedeu Bertolucci na presidência do partido, acredita que atualmente a sigla está mais próxima da coligação com Yeda, mas vê dificuldade nas negociações. “Seria natural (a coligação), pela participação mais forte no governo, se não fosse esse contexto de negociações”, pondera.
Ainda que o arranjo com o PSDB seja o principal assunto entre as lideranças, o PP não fala em definição. Nesta semana, o pré-candidato do PTB, Luis Augusto Lara, deve agendar uma reunião com a executiva progressista para pedir apoio.
Lara trabalha, assim como o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), para atrair o PP a uma candidatura alternativa aos nomes de Yeda, José Fogaça (PMDB) e Tarso Genro (PT). Goergen entende que o papel dos progressistas será decisivo nas eleições. “O PP vai viabilizar uma das três candidaturas e inviabilizar outras duas”, teoriza.
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