Pronaf
Feb
19 2005
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Zero Hora
Zero Hora, 19/02/2005
Pronaf
Vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB) trabalha para prorrogar, de 15 de fevereiro para o final de maio, o prazo para o pagamento do custeio agrícola do Pronaf. O parlamentar foi acionado pela Fetag e pela Contag para resolver o problema que, no RS, foi agravado pela seca. Coluna Ana Amélia Lemos
Maioria da bancada do RS rechaça aumento
Se depender da bancada gaúcha, a proposta de aumento dos salários dos deputados federais de R$ 12,8 mil para R$ 21,5 mil, defendida pelo presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), não será aprovada. Entre 30 deputados consultados por Zero Hora, apenas quatro – Augusto Nardes (PP), Eliseu Padilha (PMDB), Milton Cardias (PTB) e Paulo Gouvêa (PL) – declararam-se favoráveis ao aumento. Outros quatro se declararam indecisos ou não expressaram opinião. Até o fechamento desta edição, a deputada Kelly Moraes (PTB) não havia sido localizada.
– Analisando as necessidades que temos, sou favorável ao aumento. Não se trata apenas de um reajuste, é uma lei. O deputado que quer trabalhar mesmo tem muitos gastos – justificou Cardias.
Padilha também apóia o reajuste:
– Não podemos cair no engodo do PT e do governo de desqualificar o novo presidente da Câmara. Vejo a proposta de aumento com absoluta naturalidade. Isso é uma cortina de fumaça criada pelo PT para esconder a fragorosa derrota que o governo sofreu.
A maioria dos deputados federais gaúchos é contra a equiparação de seus vencimentos com os dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a pretexto de garantir isonomia entre os poderes. Se aprovado, o reajuste beneficiará deputados estaduais e vereadores de alguns municípios, por meio de efeito cascata. As explicações são as mais diversas. Alguns entendem que o aumento colocaria em risco a imagem e a credibilidade do parlamento num momento em que a maioria dos trabalhadores não recebe reajustes tão altos. Alceu Collares (PDT), Beto Albuquerque (PSB), Érico Ribeiro (PP) e Luciana Genro (P-Sol) prometem abrir mão de um possível aumento.
– É um escândalo. Estou sugerindo à Mesa Diretora que, antes de decidir, consulte o colégio de líderes, os presidentes dos partidos e as entidades representativas de trabalhadores e empresários – disse Collares, que promete doar o dinheiro para instituições assistenciais.
Para o pedetista, essa seria uma “situação de profunda desmoralização do Congresso”. Opinião semelhante tem Luciana. A deputada garante que embolsa apenas R$ 3,9 mil dos R$ 12,8 mil que recebe e doa a diferença para o P-Sol. Luciana pretende manter a prática caso o salário seja aumentado.
– Esse aumento é tão escandaloso que não basta apenas ser contra. Vou propor um mecanismo para que esse dinheiro seja devolvido à população – garantiu a deputada.
“Não devolvo, não sou hipócrita”, diz Perondi
Yeda Crusius (PSDB) não quis falar sobre o assunto.
– Temos barrado esse aumento constitucional. A discussão deveria ser sobre a criação de um teto salarial – disse Yeda, sem informar se é a favor ou contra o aumento.
Contrária ao reajuste, Maria do Rosário (PT) interpreta a provocação de Severino para que os descontentes com o aumento devolvam a diferença do salário de R$ 21,5 mil como uma atitude de “jogar para a esfera pessoal uma questão política”.
Posição bem diferenciada tem Darcísio Perondi (PMDB). O deputado se diz contra o aumento, mas se for aprovado não pretende devolver o dinheiro:
– Não devolvo, não sou hipócrita.