Consenso em torno do nome do ex-presidente do STF ainda enfrenta resistências internas na sigla
O PSB vem articulando o nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa para concorrer à Presidência da República. Depois de conquistar pouco mais de 22 milhões de votos em 2014, quando Marina Silva assumiu o comando da chapa após a morte de Eduardo Campos, a legenda entende que não pode retroceder.
O consenso, no entanto, está longe de ser alcançado internamente. A ala que defende o nome de Barbosa entende que o ex-presidente do STF, que ganhou visibilidade ao relatar o Mensalão, em 2012, tem grande aceitação popular, mesmo sem assumir publicamente a intenção de concorrer. Para isso, ele ainda teria que se filiar ao partido até o dia 7 de abril.
“Tem gente que gosta só de disputar eleição, independentemente se vai ganhar”, afirma o líder do partido na Câmara, Júlio Delgado (MG), que encabeça o movimento pró-Joaquim Barbosa. “Acredito na viabilidade eleitoral do Joaquim e ele vê no PSB um partido que ele se indentifica”, completa.
Uma terceira corrente, liderada por Márcio França, defende o apoio ao tucano Geraldo Alckmin. A estratégia visa conquistar o apoio do PSDB na candidatura de França ao governo de São Paulo.
Enquanto isso, o vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque, formalizou ontem sua disposição em concorrer à Presidência. Sobre o nome de Joaquim Barbosa, Albuquerque avalia: “Ele até hoje não se pronunciou se vai se filiar ou se pretende discutir com o PSB a possibilidade de se candidatar, e nos não podemos ficar esperando ele chegar”.
