Outros partidos estão na lista de negociações dos socialistas para a disputa ao governo do Estado: PCdoB, PDT, PR e PTB
O PSB já começou a conversar com outros partidos com vistas as eleições ao governo do Estado em 2010. O partido quer lançar o deputado federal Beto Albuquerque ao governo e, para tanto, começa a articular uma aliança possível. E o próprio deputado, participou neste final de semana do 3º Congresso Estadual do PP, realizado em Passo Fundo. Além de saudar o partido, não escondeu o grande objetivo: negociar uma aproximação com os progressistas. Beto disse que percebe no PP um desejo de renovação, de apresentação de uma mensagem nova e diferente do que está para o próximo pleito. Situação também vivenciada pelo PSB. “Nós queremos o Rio Grande do Sul de volta a época em que éramos um estado que impulsionava o desenvolvimento do país, que era parâmetro de ética. Queremos o Estado como exemplo de remuneração de professores e policiais, e que hoje é uma vergonha nacional. Já fomos paradigmas de educação, e já não somos mais. Esse é o verdadeiro ajuste que queremos construir, e eu percebo no PP o desejo de perseguir este caminho. Por isso, sou obrigado a vir e dizer que quero participar desta discussão porque é o que também queremos”, salientou. O deputado enfatizou que em 2009 quem não for protagonista de discussão estará ausente de 2010, assim, a idéia é estar presente em 2009 de um amplo debate dos interesses do RS. “Queremos a formação de uma aliança política nova que inclusive reúna os diferentes para cada um, nas suas experiências, apresentarem o novo, porque não é só uma vertente que é capaz de produzir o novo. O novo muitas vezes pode ser produzido na aliança daqueles que pensam diferente. Estamos muito dispostos a isso e vejo isso no PSB, no PP, PCdoB, PDT no PTB, no PR, partidos que rotineiramente estão de forma coadjuvante na volta de outros três partidos que historicamente hegemonizam a disputa no RS. Se quisermos continuar como coadjuvantes já sabemos o que fazer. Só que queremos ser protagonistas”, destacou. Para Beto, se todos os coadjuvantes se unirem é possível apresentar nomes capazes de vencer a eleição em 2010, formando um governo diferente firmado em cima de propostas. Em sua opinião, ainda não há discussão de nomes, mas é momento de se debater propostas, debater qual é o pensamento de cada um dos partidos.
O deputado estadual, Frederico Antunes, afirmou que é sabido que dificilmente um partido consiga chegar sozinho ao poder devido a este pluralismo de siglas existentes no Brasil, principalmente quando a disputa é estadual. Ele lembrou que o partido possui quadros muito importantes, com toda a sociedade representada, o que provoca a boa representação no ranking das prefeituras e Câmaras de Vereadores, esta última, segundo ele, a base da atividade política. “A política começa pela vereança, pela prefeitura municipal e depois vai para o governo do estado e o poder da nação. O partido está revisando o que não está considerado bom, revisando erro e frisando as virtudes. E as alianças vão ser as que vão definir a nossa possibilidade de nos tornamos protagonistas”, afirmou. Ele disse que não se incomodam em ser protagonista, já que isto tem sido uma possibilidade de continuar mostrando a competência e capacidade de trabalho, mas todo o time quer a vitória no campeonato. Antunes enfatizou ainda que o deputado Beto tem que ser considerado pelo seu talento e capacidade. “Apesar de estar num partido menor, pessoalmente tem conseguido fazer com que as pessoas reconheçam a sua seriedade, capacidade, determinação, força de aglutinar e isso, juntando ao nosso objetivo, que é idêntico, dá samba”, disse. Para ele, se o partido quer progredir será necessário jogar passo-a-passo, aproveitando tudo o que têm hoje de coisas boas, aquilo que se pode consertar, e se unir a pessoas que pensam parecido ao PP.
