Correio do Povo – Porto Alegre, 14/05/2009 por DICA SITONI | dicasitoni@correiodopovo.com.br
A busca de novos apoios à instalação da CPI que investigará a existência de eventual caixa 2 na campanha da governadora Yeda Crusius, em 2006, saiu ontem da esfera estadual. O líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, aproveitando viagem a Brasília para acompanhar prefeitos, manteve uma série de encontros paralelos à agenda da governadora junto à lideranças nacionais do PSB e PDT. O resultado foi positivo e, segundo o deputado petista, pode render novas e decisivas adesões à CPI, que ontem se manteve estagnada nas dez das 19 assinaturas necessárias. Bohn Gass saiu otimista das reuniões com os deputados Beto Albuquerque (PSB), e Vieira da Cunha (PDT). Beto Albuquerque anunciou a liberação dos deputados estaduais da sigla para tomarem decisão e Vieira da Cunha, mesmo mostrando-se cauteloso, manifestou interesse em 'contribuir na apuração da verdade'.
À tarde, o efeito já era sentido na Assembleia, em Porto Alegre. Os dois deputados do PSB (Miki Breier e Heitor Schuch) decidiram dar um ultimato à governadora Yeda Crusius. Se em 24 horas Yeda não tomar uma atitude concreta, como ir ao Ministério Público Federal pedir, ela mesma, providências ou autorizar devassa em suas contas, ele e seu colega assinam o requerimento. O prazo se encerra hoje às 14 horas. Os deputados do PDT parecem se aproximar também da CPI. No plenário, Gilmar Sossela defendeu a necessidade de investigar as denúncias. 'Não precisamos esperar provas, pois se as tivéssemos, não necessitaria CPI. Iríamos direto ao Ministério Público', disse.
