Se hoje você quiser reclamar do estado de uma rodovia concedida à iniciativa privada no Rio Grande do Sul, liga para quem? Para a Agergs, a agência reguladora estadual? Ou para a ANTT, a Agência Nacional de Transportes Terrestres? Talvez seja o caso de queixar-se ao bispo, porque nem as concessionárias sabem. Na dúvida, planejam se reportar às duas agências e prometem continuar prestando os serviços como se não houvesse a briga entre os governos estadual e federal.
Com exceção do polo de Gramado, formado apenas por rodovias estaduais, os outros estão em um limbo. O governo gaúcho diz que são responsabilidade da União, porque se passaram 30 dias da denúncia dos convênios, e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, responde que os técnicos ainda estão estudando o caso.
Ex-secretário dos Transportes e vice-líder do governo Lula, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) concorda com o governo gaúcho: juridicamente, a União não teria como rejeitar o pacote que recebeu de Yeda Crusius.
Promessa esquecida
É de indignação o sentimento na bancada federal gaúcha com o esquecimento da duplicação da BR-386, no trecho Tabaí-Estrela, como prioridade do PAC. A obra está no site do PAC, mas o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, diz que não há previsão para o lançamento do edital de licitação.
O deputado Beto Albuquerque (PSB) vai procurar a ministra Dilma Rousseff nesta semana para reclamar.
– Se o ministro Alfredo Nascimento esqueceu que a duplicação do trecho Tabaí-Estrela está no Caderno do PAC, eu não esqueci. O DnitNIT está fazendo o projeto de engenharia e não podemos tirar a 386 da lista de prioridades.
