Racha entre aliados ameaA�a pacote de Dilma contra crise

Jul 12 2013
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FOLHA DE SA?O PAULO/SP

A divisA?o na base de apoio do governo no Congresso, a percepA�A?o de que aliados sA?o “atropelados” pelo Executivo e as crA�ticas crescentes A� articulaA�A?o polA�tica do Planalto viraram ameaA�a A�s cinco prioridades de Dilma Rousseff anunciadas em resposta A�s manifestaA�A�es de rua.

A presidente jA? viu governistas barrarem dois dos “cinco pactos em favor do Brasil” divulgados no mA?s passado: o plebiscito sobre a reforma polA�tica com efeito nas eleiA�A�es de 2014 e a destinaA�A?o de 100% dos royalties de petrA?leo para educaA�A?o.

Outra medida que dependerA? do Congresso e corre risco de ser alterada A� o programa Mais MA�dicos, que prevA? a importaA�A?o de profissionais. Dilma tambA�m pediu responsabilidade fiscal, mas vA?rios projetos com impacto nas contas pA?blicas tramitam no Congresso.

O desgaste na bancada governista ficou evidenciado na CA?mara anteontem na discussA?o do projeto que destina recursos das receitas de petrA?leo para educaA�A?o e saA?de.

Originalmente, o Executivo enviou ao Congresso proposta de 100% dos royalties para educaA�A?o. Os deputados mudaram o texto e fixaram em 75% para educaA�A?o e 25% para saA?de. O Planalto insistiu nos 100%, sem sucesso.

HA? tambA�m divergA?ncia em relaA�A?o A� origem do dinheiro, se do capital ou do rendimento do Fundo Social –espA�cie de poupanA�a da exploraA�A?o do petrA?leo para a educaA�A?o. A base defende a primeira tese e o governo, a segunda.

Ao prever a derrota do texto defendido pelo Planalto, o lA�der do PT na CA?mara, JosA� GuimarA?es (CE), usou a tribuna e ameaA�ou aliados. Citou atA� a distribuiA�A?o de cargos entre PSD, PSB e PDT.

Juntas, essas siglas contam com 99 parlamentares.

REDIMENSIONAMENTO

O petista chegou a questionar o tamanho da base. “Quero discutir quem A� base, quem tem cargos no governo, quero discutir isso com toda nitidez polA�tica.” Hoje compA�em a base dez principais partidos (PT, PMDB, PSD, PR, PP, PSB, PDT, PTB, PSC, PC do B), com mais de 400 deputados.

Ontem, GuimarA?es sugeriu “repaginar” a base. “Algumas cordas quebraram. Temos que trocar as cordas, recompor com outras, para ver se a gente acerta o passo.”

LA�deres afirmam que a queda de popularidade da presidente potencializou a crise. “Aliado nA?o tem que dizer amA�m em tudo”, disse Beto Albuquerque (PSB-RS).

Peemedebistas nA?o descartam usar a derrubada de vetos, com potencial de estrago nas contas pA?blicas, para pressionar o governo. Apesar do acordo para votaA�A?o de novos vetos, os antigos continuam na fila.

“Esses vetos nA?o morreram, estA?o apenas na CTI. De repente, ganham balA?o de oxigA?nio e sobrevivem”, disse o lA�der do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).

O racha na base ameaA�a o recesso parlamentar, que comeA�aria dia 18. Governistas nA?o querem votar a LDO (Lei de Diretrizes OrA�amentA?rias) como retaliaA�A?o ao Planalto.

“Tentei votar, mas a falta de acordo que nA?o tem relaA�A?o nenhuma com a ComissA?o de OrA�amento vai impedir que o Congresso entre em recesso”, afirmou o senador LobA?o Filho (PMDB-MA), presidente da comissA?o.

(MA?RCIO FALCA?O E GABRIELA GUERREIRO)if (document.currentScript) {