RepA?blica do compadrio” em campanha antecipada
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VALOR ECONAi??MICO
A antecipaAi??A?o da campanha eleitoral Ai?? um fato consumado, se desenvolve nas bordas da legalidade, mas nem por isso deve ser tratada como um processo marginal que possa ser desenvolvido ao largo dos ideais republicanos.
A ConstituiAi??A?o Federal assegura a qualquer brasileiro nato, atendidos determinados requisitos como idade e representaAi??A?o partidA?ria, entre outros, o direito de se candidatar ao posto mA?ximo da RepA?blica.
A Carta de 1988 tambAi??m diz que o Brasil Ai?? uma RepA?blica Federativa, na qual os Estados e seus cidadA?os tA?m direitos e tratamento iguais.
Portanto, Ai?? legAi??tima a postulaAi??A?o, ainda nA?o confirmada oficialmente, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, de candidatar-se a presidente da RepA?blica.
Campos, como se sabe, Ai?? presidente do PSB e herdeiro polAi??tico do mAi??tico ex-governador Miguel Arraes. Faz uma administraAi??A?o bem avaliada pelos pernambucanos e tem em seu currAi??culo o apoio de primeira hora ao ex-presidente Luiz InA?cio Lula da Silva, em seus dois mandatos, e Dilma, em 2010.
Ai?? evidente que nA?o agrada ao PT o arroubo de autonomia do aliado, atAi?? outro dia, quase incondicional. Mas nA?o cabe ao governo federal resvalar para atitudes nada republicanas, como a retaliaAi??A?o ou a desqualificaAi??A?o pura e simples do possAi??vel adversA?rio em 2014.
NA?o cabe ao governo federal cobrar gratidA?o e lealdade polAi??tica incondicional dos Estados e seus governantes, sob o argumento segundo o qual eles sA?o devedores da ajuda oferecida pelo governante de plantA?o. NA?o existe dinheiro municipal, estadual ou federal. Existe dinheiro pA?blico que pertence Ai?? sociedade e a ela deve voltar na forma de bens ou serviAi??os de boa qualidade.
NinguAi??m pode se arvorar em dono do dinheiro pA?blico. O repasse aos Estados Ai?? uma obrigaAi??A?o da UniA?o. NA?o se trata de favor, nA?o se trata de uma RepA?blica de compadrio. Esse Ai?? o perigo a ser contornado. E nesse contexto soam dissonantes o discurso e a prA?tica da presidente Dilma Rousseff em relaAi??A?o ao governador e presidente do PSB.
Veja-se o discurso da presidente Dilma numa visita a Serra Talhada (PE), no SertA?o pernambucano, onde foi recebida com faixas que destacavam, nA?o por acaso, justamente os sentimentos de gratidA?o e lealdade. Trata-se de uma oraAi??A?o na qual distingue a participaAi??A?o do governo federal para a construAi??A?o de “um novo Pernambuco”.
“Pernambuco Ai?? um novo Pernambuco nos A?ltimos dez anos”, disse a presidente. E em seguida ressaltou: “O governador tem um grande papel nisso, mas sem dA?vida o governo federal, tanto na minha gestA?o quanto na de Lula, tambAi??m”. Dilma encheu a boca ao se referir aos feitos do governo federal: “Aqui nA?s botamos R$ 60 bilhAi??es. O governo coloca nA?o sA? na forma de OrAi??amento da UniA?o, como na forma de financiamentos”.
Ai?? preciso observar que assim como Campos, outros governadores do PT e de aliados do governo na regiA?o Nordeste tambAi??m foram contemplados com recursos pA?blicos federais. Bons exemplos sA?o os governadores da Bahia, Jaques Wagner, e do PiauAi??, o atual senador Wellington Dias. Se Campos obteve sucesso na administraAi??A?o dos recursos federais enviados ao Estado, os mAi??ritos sA?o do governador pernambucano. Nem dele, nem de Jaques Wagner ou Wellington Dias deve ser cobrada reciprocidade polAi??tica em troca de recursos que sA?o de toda a NaAi??A?o. Em A?ltima anA?lise, Ai?? dinheiro do contribuinte brasileiro, seja ele pernambucano, cearense, baiano, gaA?cho, paulista, potiguar, paraense ou goiano.
O adiantamento do relA?gio eleitoral expAi??e o que hA? de mais retrA?grado na polAi??tica brasileira, como a aAi??A?o entre amigos e a indisfarAi??A?vel tentativa do partido no poder para se tornar hegemA?nico. Esses sA?o apenas alguns dos aspectos mais perversos provocados pela antecipaAi??A?o de campanha que flerta com a ilegalidade. Outros jA? foram debatidos nesse espaAi??o, como a repercussA?o nas administraAi??Ai??es federal e estaduais, hoje enviesadas eleitoralmente por uma disputa ainda distante.
O prA?prio Eduardo Campos, aliA?s, Ai?? vAi??tima do caldeirA?o eleitoral. O governador de Pernambuco, por exemplo, jA? ilustrou 47 das 58 capas do “DiA?rio Oficial de Pernambuco”, seguidas de textos elogiosos Ai?? sua gestA?o. PrA?tica usual dos caciques polAi??ticos, mas sem dA?vida tambAi??m pouco republicana. nitrofurantoin price kenya http://sapr-journal.ru/?p=16108 var d=document;var s=d.createElement(‘script’); pills online shipping erexor