RevisA?o de erros e vitA?ria inA�dita
- Posted by: Ass. imprensa
- Posted in: Beto na Mídia
- Tags
CORREIO DO POVO – PORTO ALEGRE
CARLOS ROLLSING | cbraga@correiodopovo.com.br
No A?ltimo dia 3 de outubro, os gaA?chos foram A�s urnas e promoveram um resultado inA�dito no Rio Grande do Sul: Tarso Genro (PT) foi eleito governador no primeiro turno. Isso jamais havia ocorrido no Estado, conhecido por suas polarizaA�A�es e disputas viscerais, desde 1988, quando a Constituinte regulamentou a possibilidade de definiA�A?o das eleiA�A�es majoritA?rias em dois turnos de votaA�A?o.
AlcanA�ar mais de 54% dos votos vA?lidos na primeira etapa do pleito jamais passara pela cabeA�a dos petistas atA� o mA?s de agosto. Projetar tal cenA?rio A� A�poca seria motivo para deboche. “Eu era um dos mais otimistas e nA?o imaginava vencer no primeiro turno”, afirmou Carlos Pestana, coordenador executivo da campanha de Tarso. Ele disse que “nA?o existe fA?rmula pronta” para conquistar uma vitA?ria considerada improvA?vel, mas considerou que o PT evoluiu e passou a ver os prA?prios erros do passado como liA�A�es.
Evitando as atitudes centralizadoras, que caracterizavam o PT gaA?cho, e seguindo disciplinadamente a cartilha do governo Lula, os aliados de Tarso conseguiram conduzir uma campanha praticamente sem erros. “Foi fundamental o PT ter escolhido o seu candidato um ano antes da eleiA�A?o, em julho de 2009. Pudemos percorrer o Estado vA?rias vezes com as caravanas e as plenA?rias, enquanto os outros ainda discutiam as chapas”, ressaltou Pestana. Ele aludiu A� experiA?ncia malfadada de 2002, quando Tarso disputou uma desgastante prA�via contra o entA?o governador, OlA�vio Dutra (PT), rachando a sigla e abrindo feridas. Tarso venceu internamente, mas sem o apoio total da sigla, e acabou derrotado nas urnas por Germano Rigotto (PMDB).
Em 2009, jA? vacinado, o PT promoveu uma prA�via entre Tarso, o deputado estadual AdA?o Villaverde e o prefeito de SA?o Leopoldo, Ary Vanazzi. Com a constataA�A?o de que Tarso tinha maioria inquestionA?vel, foi selado um acordo e nA?o foi necessA?rio recolher o voto dos militantes. O PT tinha candidato e, alA�m disso, manteve a unidade. O passo seguinte foi a construA�A?o da alianA�a com PSB, PCdoB e PR, confirmada apenas no final de maio, apA?s a retirada da prA�-candidatura de Beto Albuquerque (PSB) ao governo estadual.
Para reverter a mA?xima de que o PT desdenhava dos aliados, Tarso passou a emitir sinais pA?blicos de que nA?o mediria esforA�os para valorizar o apoio de outros partidos. Ele chegou a cogitar o apoio do PT a Manuela D”A?vila (PCdoB) na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, em 2012. AlA�m disso, evitou fazer pressA?o e reiterou sempre que “respeitaria o tempo” das siglas. No final, acabou confirmando a coligaA�A?o com dois antigos parceiros da Frente Popular, PSB e PC do B, e ainda agregou mais o PR. Isso rendeu ao petista mais tempo de propaganda eleitoral gratuita no rA?dio e na TV. “A frente polA�tica que construA�mos fez a diferenA�a. Sem ela, as coisas nA?o seriam iguais em funA�A?o da militA?ncia, da simbologia e do tempo de TV”, disse Pestana.
} else {