Rural: Projeto de abatedouro do CAVG/UFPel obtém parecer favorável do governo

A construção de abatedouro industrial para espécies domésticas (bovinos, ovinos e suínos) e exóticas (emas, javalis e capivaras), do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça (CAVG) pode sair do papel em breve. O projeto recebeu ontem parecer técnico favorável da Secretaria Nacional de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social.

A informação foi recebida pelo diretor do CAVG, Hugo Stephan, do secretário Alexandre Navarro Garcia, durante audiência em Brasília. Stephan foi acompanhado pela presidente da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), Selmira Fehrenbach, prefeita de Turuçu, e a parlamentares, durante reunião marcada pelo vice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS). Selmira entregou ao secretário documento com o apoio dos 22 municípios representados pela entidade.

Albuquerque reiterou a Navarro a importância do projeto para a recuperação econômica da Zona Sul do estado. “O abatedouro vai difundir conhecimento científico e tecnológico, dinamizar a produção, gerar emprego e combater a exclusão social. Por isso, trabalhamos para que o governo invista nesta idéia”, afirmou Albuquerque que protocolou o projeto na Secretaria, em 2005.

Navarro elogiou a idéia por estimular a economia a partir de cadeia produtiva inovadora, com enorme potencial de crescimento, especialmente, para pequenos proprietários rurais. A decisão depende agora da sanção da lei orçamentária pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da conclusão da adequação do projeto pela equipe técnica do governo.

Com orçamento de R$ 482,9 mil, o abatedouro-escola servirá para atividades de ensino, pesquisa e extensão, permitirá a qualificação dos alunos do CAVG, atualização de profissionais e o desenvolvimento de pesquisa em abate de espécies animais distintas.

INOVAÇÃO

No CAVG, unidade de ensino profissionalizante da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), as palavras de ordem são investimento e inovação, segundo o diretor Hugo Stephan. Para ele, o abatedouro é uma alternativa que, aliada à fruticultura e ao processamento agroindustrial de frutas, pode reduzir as diferenças de desenvolvimento da Metade Sul com outras regiões brasileiras. “O segmento de carnes exóticas e silvestres é, atualmente, uma das mais importantes linhas do agronegócio”, afirma.

O professor saiu entusiasmado da reunião na Secretaria Nacional de Ciência e Tecnologia. De acordo com ele, a aceitação do projeto é tanta que a sua adequação já está em curso, com a participação de técnicos do governo e do CAVG. “É uma grande oportunidade para dinamizar a nossa economia.”