Secretário diz que aval da União pode não sair

Jun 22 2006
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Gazeta do Sul – Santa Cruz do SulGazeta do Sul – Santa Cruz do Sul, 22/6/2206
Secretário diz que aval da União pode não sair

Informação foi repassada no começo da noite pelo deputado Adolfo Brito, que coordena a comissão da Assembléia, a qual está em Brasília tentando agilizar projeto

Os deputados federais Henrique Fontana (PT) e Beto Albuquerque (PSB), além do estadual Adolfo Brito (PP), foram surpreendidos ontem à tarde com o parecer extra-oficial que ouviram do secretário de assuntos internacionais do Ministério do Planejamento, José Carlos Rocha Miranda, sobre o financiamento de US$ 300 milhões que está sendo pleiteado pelo Estado para concluir o programa Corredores de Exportação e asfaltar os acessos a 122 municípios. Brito, que é coordenador de uma comissão de representação externa criada pela Assembléia Legislativa para tratar do assunto, ouviu de Miranda que é difícil que a União avalize o projeto em virtude da incapacidade do Estado de assumir novas dívidas.

Segundo informações da assessoria do deputado Adolfo Brito, o secretário teria reiterado, durante o encontro, a dificuldade que o ministério tem para preparar o processo. O aval da União, no entanto, é indispensável para que os agentes financiadores – o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é um deles – liberem os recursos. No ano passado, representantes do governo gaúcho receberam sinal verde do próprio banco para o chamado BID 2.

Conforme Brito, o ministério acenou ontem com uma nova possibilidade: que o Estado apresente uma proposta que compreenda a reestruturação – alongamento das dívidas com juros mais baixos –, além da apresentação de um novo pedido para investimentos sociais e em estradas. O diretor de assuntos internacionais da Secretaria Estadual de Coordenação e Planejamento, Roberto Calazans, que também participou da reunião, teria dito que o novo cenário será analisado agora pelo secretário Brum Torres. O deputado estadual assegurou que a comissão da AL está cumprindo com seu papel, que é tentar agilizar o projeto. “Infelizmente o quadro é esse. Temos que aguardar para saber o que será feito.”

Na segunda-feira, após a inauguração do primeiro trecho da RST–471, numa extensão de 12 quilômetros no interior de Pantano Grande, o governador Germano Rigotto se mostrou otimista quando à tramitação do projeto. “O Estado tem bons indicadores econômicos e, além disso, há precedentes. Estados com uma situação pior que a nossa conseguiram o aval da União para financiamentos internacionais”, declarou. A comissão de representação externa tem até o próximo dia 10 para apresentar na Assembléia um relatório sobre o assunto.