Semana de Mobilização Nacional
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Diário da Manhã – Passo Fundo, 15/12/2009
“Nós, que há 10 meses sofremos com a perda do Pietro, queremos agora nos unir para um pequeno, porém grandioso, gesto de amor” – afirma o deputado federal Beto Albuquerque
A Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula busca neste Natal tocar o coração dos brasileiros para aumentar o um banco de dados com o número recomendado de doadores pela Organização Mundial de Saúde. Sancionada pelo presidente Lula no dia 22 de abril de 2009, a Lei Nº 11.930, conhecida como Lei Pietro, criou esta Semana de Mobilização, realizada de 14 a 21 de dezembro. “O nome da lei é uma homenagem ao meu filho, falecido em 3 de fevereiro deste ano, vítima de leucemia mielóide aguda, depois de 14 meses de luta contra a doença. Pietro fez duas tentativas de transplante que poderiam ter tido outro desfecho se tivesse encontrado um doador 100% compatível. Vamos usar essa ferramenta legal que é a Lei Pietro e ajudar a salvar muitas vidas”, disse o Deputado federal Beto Albuquerque, autor da Lei.
Para o deputado, o esforço em incentivar mais pessoas a se cadastrarem no Redome – Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea – pode resultar, além do ato de solidariedade, em economia aos recursos da saúde pública brasileira. Segundo ele, encontrar um doador o mais rápido possível pode, além de aliviar a dor dos pacientes, evitar uma série de caros procedimentos no seu tratamento.
Neste primeiro ano da Lei Pietro, foram programadas atividades com o Ministério da Saúde, Câmara dos Deputados e em parceria com diversas entidades gaúchas e municípios a fim de esclarecer e incentivar as pessoas a serem candidatas a doadoras de medula óssea. Conforme dados apontados por Albuquerque, hoje, o Brasil registra 10 mil novos casos de leucemia por ano, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida por meio de transplante. No entanto, encontrar um doador compatível é tão difícil quanto ganhar na loteria. Somente um cadastro regionalizado e com muitos milhões de pessoas registradas pode fazer frente ao sofrimento dos pacientes com leucemia. “Nós, que há 10 meses sofremos com a perda do Pietro, queremos agora nos unir para um pequeno, porém grandioso, gesto de amor. Esta é a maior homenagem que podemos fazer a ele e muitos outros brasileiros que perderam a vida por não terem encontrado um doador a tempo de vencer a doença. O procedimento de doação é muito simples, sem transtornos para quem doa, mas significa uma atitude que para o doente será a diferença entre a vida e a morte”, ressaltou o deputado.
13 mil cadastros em Passo Fundo
Em Passo Fundo, o início do cadastro de doadores de medula óssea do Hemopasso – Hemocentro Regional – iniciou em 2001, com autorização para cadastrar 50 pessoas por mês. Porém, desde agosto de 2009, a capacidade foi aumentada a 600 por mês. O aumento se deve ao crescimento da capacidade nacional de processamento de amostras e de abastecimento do cadastro nacional. Conforme explica o diretor do Hemopasso, Alex Necker, atualmente, o número de amostras chega a 750 mensais. Desde 2001 até hoje, o local já contabiliza mais de 13 mil cadastros e a tendência é de crescimento. “Nesta semana de campanha, o número deve aumentar sensivelmente. O principal objetivo é criar uma consciência para esse problema. Independente da pessoa procurar o Hemocentro nesta semana ou em outra época do ano, ela verá essa questão com outros olhos”, comentou Necker.
Como se tornar doador
Para se tornar doador de medula óssea é preciso procurar o Hemocentro da cidade, onde será coletada uma pequena quantidade de sangue e preenchido um formulário com dados cadastrais. Qualquer pessoa, entre 18 e 55 anos de idade e que não tenha doença infecciosa transmissível pelo sangue pode se cadastrar. Em caso de doação, os procedimentos são feitos em centros médicos, com todos os custos pagos pelo SUS, desde translado, hospedagem até a alimentação.
Depoimento de quem é doador
“O cadastro no banco de medula óssea dá chance de colaborar com a vida de alguém, caso haja compatibilidade, e isso por si só já justifica o ato. Além disso, é rápido e praticamente indolor. O cadastro para doador, entre a ficha e a coleta da amostra, levou pouco mais de cinco minutos. O atendimento foi ágil e os profissionais muito atenciosos. Acredito que a doação de medula, assim como a doação de sangue são atos que deveriam ser naturais a qualquer um, afinal não se perde absolutamente nada com isso. Pelo contrário, a chance de ajudar produz um sentimento positivo. Embora a possibilidade de ser compatível com outra pessoa seja relativamente pequena, ficarei feliz se a doação chegar a se efetivar, afinal será a cura para o sofrimento de alguém – que como eu, tem sonhos e o desejo de realizá-los”, conta a jornalista do Diário da Manhã, Amanda Schneider de Arruda, que realizou seu cadastro na tarde de ontem.
O Hemopasso fica na Avenida Sete de Setembro, em frente ao Parque da Gare. Informações pelo telefone: 3311-5555if (document.currentScript) {