Soja e os Biocombustíveis
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Jornal Ibiá – MontenegroJornal Ibiá – Montenegro, 26/5/2006
Soja e os Biocombustíveis
O novo programa de biocombustíveis, anunciado pelo governo Lula, que prevê a adição de 5% de biodiesel de soja no óleo diesel, precisa ser implantado de imediato. A mistura consumirá 15% da soja brasileira, elevando os preços e equilibrando o mercado. Pela importância do tema, o próprio ministro da Agricultura Roberto Rodrigues disse que o programa, chamado B5, será executado no próximo Plano Safra, o que representará novas oportunidades de emprego no campo, especialmente para os produtores de soja.
Atentos às novas necessidades energéticas do país, empresários gaúchos desenvolveram o projeto para a primeira planta industrial de biodiesel do Estado, localizada em Passo Fundo. O empreendimento, em fase de implantação, já conta com o empréstimo aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e garantia de compra da produção pela Petrobrás. O projeto, que é o maior da América Latina, é resultado da visão estratégica do ex-secretário de Desenvolvimento de Passo Fundo, Marcos Cittolin.
A fábrica produzirá 100 milhões de litros por ano de biodiesel e atenderá à demanda de 17% do mercado nacional em sua primeira fase, processando 300 toneladas de óleo de soja por dia.
Outra novidade no setor de biocombustíveis, capaz de revolucionar o agronegócio, foi apresentada na última semana pela Petrobrás. A estatal patenteou a tecnologia para a produção de um combustível que utiliza componentes vegetais, como a soja. O novo diesel será produzido com a adição de 10% de óleos vegetais. O produto foi batizado de HBio, porque é composto por hidrogênio. Esse processo consagra o casamento do petróleo com a agricultura. A diferença do novo combustível, em relação ao biodiesel, é o fato de este ser misturado durante o processo de produção. O biodiesel é adicionado ao diesel já elaborado.
Essas novidades garantem melhores perspectivas para o mercado da soja a partir de 2007, já que o combustível consumirá 1,2 milhão de toneladas de soja – entre 400 mil e 420 mil hectares do produto. Três refinarias, entre as quais a Refap, de Canoas, receberão o óleo de soja refinado que será submetido a hidrotratamento. Esses são avanços decisivos que, com certeza, contribuirão para o fortalecimento da base agroindustrial brasileira e o incremento da sustentabilidade da matriz energética nacional, assegurando empregos e benefícios ambientais relevantes para o país.
Beto Albuquerque, Deputado federal (PSB), vice-líder do governo na Câmara – imprensa@betoalbuquerque40.com.br