Tarso fará reflexão após deixar presidência do PT

Sep 27 2005
(0) Comments

Jornal do Comércio – Porto AlegreJornal do Comércio – Porto Alegre, 27/09/2005
Tarso fará reflexão após deixar presidência do PT

O presidente interino do PT, Tarso Genro, anunciou ontem que pretende fazer uma grande reflexão, “olhando de fora”, sobre a crise política que atingiu o partido, o governo e o parlamento, após entregar o comando da sigla a nova direção, no próximo dia 16 de outubro. Segundo tarso, o acerto foi feito a fim de que o presidente eleito pelo processo de eleição direta, vencedor do segundo turno, que acontece no dia 9 de outubro, possa iniciar a sua gestão na primeira reunião do diretório nacional, após a conclusão do pleito.

Tarso disse que após deixar o cargo, iniciará um processo de reflexão. “Quero analisar, olhando de fora toda essa conjuntura política criada a partir da crise política”, disse. O ex-ministro da Educação do governo Lula ainda destacou que não se arrepende das posições que tomou durante o processo de escolha do candidato apoiado pelo campo majoritário, quando acabou desistindo da disputa em favor do também ex-ministro, Ricardo Berzoini. “Desde o início, quando aceitei a tarefa de dirigir o partido nesse período de transição deixei claro que não estava vinculado a nenhum grupo e que defendia a proposta de mudanças profundas de refundação do PT”, lembrou Tarso, que aposta em Berzoini para realizar as alterações necessárias, mesmo que de forma mais lenta e negociada.

Quanto a uma possível candidatura ao governo do estado em 2006, disse que esse não é o momento adequado para debater o tema. Para Tarso, entretanto, não há clima para a realização de prévias e o candidato ao Piratini deve sair por consenso, após o debate interno com as diversas lideranças e segmentos do partido. Sobre um possível afastamento do PSB da Frente Popular, diante de uma eventual candidatura do deputado Beto Albuquerque, Tarso que no primeiro turno a participação dos partidos, em faixa própria, deve ser uma opção de cada legenda.

Para o presidente interino do PT, é no segundo turno que a construção de alianças deve ser aprimorada, sem que, no entanto, descaracterize o programa apresentado ao povo gaúcho