A partir da semana que vem, o atual secretário-executivo Luiz Paulo Barreto será o novo ministro da Justiça. O atual titular da pasta, Tarso Genro vai deixar o cargo para concorrer ao governo do Estado do Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O nome de Barreto foi sugerido pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, mas Tarso Genro preferia a nomeação do secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo (SP). Ele tem o apoio des etores do PT, mas não é de total confiança do presidente Lula.
“Eu não sugeri ao presidente nenhum nome, porque é uma responsabilidade de Estado que tem que ser totalmente assumida pelo presidente e aceita pelo ministro que sai. O que eu disse ao presidente é que tanto o nome do Luiz Paulo como o nome do José Eduardo são absolutamente compatíveis”, afirmou Tarso Genro após o encontro com o presidente Lula.
Neste mês, Tarso começará a viajar pelo Rio Grande do Sul preparando a campanha. A concorrência no estado é forte. Só a base governista deve ter mais de dois candidatos – o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB) e o deputado Beto Albuquerque (PSB). Além deles, a atual governadora Yeda Crusius deve concorrer a reeleição, mesmo com as sucessivas crise.
A atitude de Tarso Genro pode apressar a saída de outros ministros que vão se candidatar nas eleições de outubro. Inicialmente, os ministros sairiam só no dia 3 de abril – prazo máximo para desincompatibilização. O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima – pré-candidato ao governo da Bahia -, era um dos que havia cogitado sair mais cedo.
Erenice Guerra substitui Dilma, mas não comandará o PAC
Em abril, a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, vai ficar no lugar da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, quando ela deixar o cargo para se candidatar à presidência. Erenice sempre foi o braço direito de Dilma e ganhou notoriedade por ter sido acusada de fazer um dossiê do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo (PSDB/SP) e de Dona Ruth Cardozo.
Apesar de ser de total confiança da ministra, Erenice não vai ficar resposável pelo Programa de Aceleração do Crescimento, que deu notoriedade nacional à Dilma. A petista Miriam Belchior, atual coordenadora do PAC e subchefe de Articulação e Monitoramento da pasta ficará responsável pelo programa. Miriam é muito próxima do presidente Lula, por isso a escolha para gerenciar o principal projeto do governo.
