A confirmação de que o PMDB irá de José Fogaça à disputa pelo governo do Rio Grande do Sul na eleição do ano que vem não foi suficiente para alterar o cenário verificado em setembro pelo Instituto Methodus. O ministro da Justiça Tarso Genro (PT) segue liderando a preferência do eleitorado, com índice de 32,9% no cenário estimulado, contra 25,7% do peemedebista e 11,2% da governadora Yeda Crusius (PSDB), pré-candidata à reeleição. Beto Albuquerque (PSB) tem 9,8% das indicações; Luís Augusto Lara (PTB) 4%; Vieira da Cunha (PDT) 2,9% e Pedro Ruas (PSOL) 1,7%. Nulos somam 7,6% e indecisos 4,2%.
O segundo levantamento do Methodus na fase de articulações para a corrida ao Palácio Piratini foi divulgado ontem no site do instituto. A pesquisa estava sendo feita, entre quarta passada e domingo, quando o prefeito de Porto Alegre confirmou a pré-candidatura pelo PMDB. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados mil eleitores de 25 municípios gaúchos – 52% são mulheres, a maioria (23,6%) tem entre 25 e 34 anos e 35% ganham de R$ 931,00 a R$ 2,2 mil por mês.
Na comparação com a primeira pesquisa do instituto para o governo gaúcho, feita em setembro, Tarso Genro caiu de 35,3% para 32,9% e Fogaça se manteve na casa dos 25%. Já a governadora passou de 7,9% para 11,2% das intenções de voto, invertendo a posição com Beto Albuquerque. Na prática esses movimentos estão praticamente dentro da margem de erro e podem ser justificados pelos diferentes momentos políticos em que foram realizados. O detalhe de a rejeição da governadora ter caído no período – de 58,2% para 54,5% –, no entanto, chama atenção. A rejeição ao pré-candidato petista cresceu, indo de 18,8% para 23,5%, assim como a de Fogaça.
2º TURNO
Apesar dos 3 pontos percentuais a menos, Tarso continua aparecendo na frente de Yeda Crusius em um cenário de segundo turno. Ele tem 64,4% das intenções de voto contra 19,3% da tucana, que cresceu 3% em relação à pesquisa de setembro. A vantagem do petista é mais apertada, no entanto, numa simulação de segundo turno com o prefeito de Capital. Tarso cai dos 64,4% que teria contra Yeda para 48,5%, enquanto o peemedebista faria 39,6% dos votos. A vantagem do petista seria menor contra Albuquerque do que contra Yeda, que teria desempenho semelhante ao pré-candidato do PDT.
