Simpósio na Capital tratou dos problemas e da necessária qualidade de cursos de EAD no país
A Universidade Estadual do RS (Uergs) promoveu ontem o simpósio E@D.BR – Educação à Distância em Universidades Brasileiras: Desafios e Perspectivas, que reuniu especialistas na Capital. O diretor do campus Unisul Virtual (unidade de EAD da Universidade do Sul de Santa Catarina), João Vianney, falou do cenário da EAD no Brasil, área na qual é pioneiro e onde participa, desde 1995, do desenvolvimento do modelo de universidade virtual e cursos iniciais.
O diretor acredita que o Ministério da Educação (MEC) enfrenta o desafio de estabelecer controle de qualidade em EAD, para evitar que maus exemplos contaminem as boas práticas. Segundo ele, 96 universidades estão credenciadas a oferecer EAD, mas é preciso a garantia efetiva de que a qualidade da Educação à Distância seja a mesma da presencial. Não basta a equivalência legal, são necessárias exigências iguais a alunos, seja no Ensino presencial ou em EAD. Para João, o controle da qualidade deverá ser feito por uma equivalência na densidade dos conteúdos estudados, na carga de leitura e atividades e nas avaliações das aprendizagens. ‘Para isso, deve haver entendimento pleno entre MEC e conselhos estaduais e municipais de Educação, em busca de controle na qualidade dos cursos’, atesta.
‘A EAD oferece flexibilidade de horário e local de estudo para a formação Superior de pessoas que, de outra forma, não teriam acesso.’ João cita que, na Unisul, são 17 cursos de graduação em EAD para 5,2 mil alunos, com média de 35 anos de idade; enquanto no Ensino presencial, a média dos 21 mil alunos é 22 anos. ‘EAD atende um público adulto, já no mercado de trabalho, que faz graduação para melhorar a performance na área em que atua ou para adquirir uma segunda formação’, acrescentando ser uma tendência atual. ‘No futuro, as pessoas vão ter dois ou três diplomas, porque vão estudar por toda a vida. A EAD é uma ferramenta por excelência para Educação de adultos e formação continuada.’
