Varig: governo quer estatização temporária
Dec
16 2004
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O Globo
O Globo, 16/12/2004
Varig: governo quer estatização temporária
Geralda Doca
Alencar diz que todos os credores serão convidados a transformar em ações o que têm a receber da companhia
BRASÍLIA. A ajuda do governo para salvar a Varig não virá mais este ano. O ministro da Defesa e vice-presidente da República, José Alencar, anunciou ontem que a proposta do governo mudou e não há tempo suficiente para chegar a um consenso. Segundo ele, o novo plano passa pela estatização temporária da companhia, com a transformação dos credores, a maioria públicos, em acionistas da empresa. Ele disse, porém, que o governo não tem interesse em permanecer dono da Varig e poderia se desfazer das ações no mercado.
— Como a empresa é aberta, o Estado pode perfeitamente colocar suas ações à venda no mercado porque não tem interesse em estatizar a companhia — disse Alencar.
Ele explicou que com a mudança nos planos do governo, todos os credores da Varig serão convidados a participar das negociações e transformar seus créditos em ações da companhia. Com isso, haveria uma reestruturação societária, com aumento de capital e o afastamento da Fundação Ruben Berta do controle.
Alencar informou que já apresentou a nova proposta ao presidente da Varig, Luiz Martins, e solicitou um estudo sobre o tema.
A nova proposta — que chegara a ser discutida anteriormente pelos principais credores da companhia (Infraero, Banco do Brasil, BR Distribuidora e empresas de leasing), mas não avançou porque não havia uma determinação nesse sentido — foi sugerida ao ministro pelo vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). Representantes da Casa Civil, da Fazenda, da Infraero e parlamentares tiveram conhecimento do teor do plano num café da manhã na residência oficial de Alencar, ontem.
BRASÍLIA. A ajuda do governo para salvar a Varig não virá mais este ano. O ministro da Defesa e vice-presidente da República, José Alencar, anunciou ontem que a proposta do governo mudou e não há tempo suficiente para chegar a um consenso. Segundo ele, o novo plano passa pela estatização temporária da companhia, com a transformação dos credores, a maioria públicos, em acionistas da empresa. Ele disse, porém, que o governo não tem interesse em permanecer dono da Varig e poderia se desfazer das ações no mercado.
— Como a empresa é aberta, o Estado pode perfeitamente colocar suas ações à venda no mercado porque não tem interesse em estatizar a companhia — disse Alencar.
Ele explicou que com a mudança nos planos do governo, todos os credores da Varig serão convidados a participar das negociações e transformar seus créditos em ações da companhia. Com isso, haveria uma reestruturação societária, com aumento de capital e o afastamento da Fundação Ruben Berta do controle.
Alencar informou que já apresentou a nova proposta ao presidente da Varig, Luiz Martins, e solicitou um estudo sobre o tema.
A nova proposta — que chegara a ser discutida anteriormente pelos principais credores da companhia (Infraero, Banco do Brasil, BR Distribuidora e empresas de leasing), mas não avançou porque não havia uma determinação nesse sentido — foi sugerida ao ministro pelo vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). Representantes da Casa Civil, da Fazenda, da Infraero e parlamentares tiveram conhecimento do teor do plano num café da manhã na residência oficial de Alencar, ontem.