Vice-líder do governo diz que veto do PT ao PSDB em Minas atrapalha outras alianças

Jun 06 2008
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Último Segundo, 06/06/2008

BRASÍLIA – O vice-líder do governo, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), disse nesta sexta-feira que o veto do PT à aliança com o PSDB em Belo Horizonte, cujo pré-candidato à prefeitura é o empresário Márcio Lacerda (PSB), dificulta o coligações de seu partido com o PT em outras capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com ele, não é possível se isolar Belo Horizonte do quadro nacional de alianças e buscar o apoio do PSB em outras cidades. "Não dá para a Marta [Suplicy] querer apoio e [o PT] dizer quem pode ou não pode se coligar [com o PSB] em Belo Horizonte", disse.

Beto comentou que o assunto será debatido pelo PSB nesta sexta e sábado, no Congresso Nacional da legenda. Questionado sobre uma solução para o impasse, o vice-líder se limitou a dizer que "num ambiente como esse [do veto do PT em Belo Horizonte] é muito difícil negociar", mas que seu partido vai tentar buscar uma solução.

Dilma 

Beto defendeu as ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que foi acusada pela ex-diretora da Anac, Denise Abreu, de ter facilitado a venda da VarigLog, em 2006, para o fundo americano Matlin Patterson e para o brasileiro Volo do Brasil.

Para ele, a ministra é uma mulher correta e tem características de zelo e legalidade tanto em suas atividades como servidora pública quanto em sua vida pessoal. "É impossível ela fazer movimentos para ajudar em venda de empresas", disse.

Quanto à uma eventual candidatura de Dilma à sucessão de Lula, Beto citou que "parece razoável" que o PT use o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para divulgar a imagem da ministra.

"A Dilma é a ministra mais importante do nosso governo. Ela figurar como estrela no programa [de televisão] do PT [divulgando obras do PAC] me parece razoável, se é isso que o PT quer para o futuro", pontuou.