Líder deputado Beto Albuquerque evitou entrar na polêmica sobre o impeachment
Guilherme Gomes | guilherme.gomes@rdgaucha.com.br
Em meio à turbulência causada pelo encaminhamento do pedido de impeachment à Assembleia Legislativa, a governadora Yeda Crusius recebeu na manhã desta sexta-feira, no Palácio Piratini, deputados federais gaúchos para tratar da divisão de recursos da exploração do petróleo no pré-sal. Um movimento estadual está marcado para ocorrer em Brasília no dia 6 de outubro.
O deputado Beto Albuquerque (PSB), coordenador da bancada do Rio Grande do Sul no Congresso, não quis entrar na polêmica em relação à decisão do presidente Ivar Pavan anunciada ontem, e disse que apesar dele integrar um partido de oposição, a governadora segue sendo a maior representante do Estado e, por isso, tem grande importância na discussão sobre os roaylties do pré-sal.
Manhã de articulações
A base governista faz os cálculos para definir quantos integrantes terá na comissão processante que vai avaliar o pedido feito pelo Fórum dos Servidores. A tendência é que dos 36 deputados, 23 sejam governistas. O cálculo exato está sendo feito pela superintendência legislativa da Assembleia e deve ser apresentado na próxima semana.
O advogado da governadora Yeda Crusius, Fábio Medina Osório, ficará à disposição dos deputados para esclarecimentos. Caso o processo de impeachment avance na Assembleia — o que dificilmente deve acontecer já que o governo tem a maioria na comissão processante —, Medina passará a atuar de forma oficial.
Oposição
À tarde, deputados de oposição irão até o Ministério Público Federal (MPF) se reunir com os procuradores da República que fazem parte da força-tarefa da Operação Rodin, buscar informações sobre os documentos sigilosos que embasaram a ação de improbidade administrativa, os documentos que estão de posse da CPI da Corrupção.
