a�?A RSCa��287 nA?o suporta mais ajustesa�?

Dec 24 2010
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GAZETA DO SUL – SANTA CRUZ DO SUL

A�
O Vale do Rio Pardo terA? um aliado e tanto na briga pela duplicaA�A?o dos trechos CandelA?riaa��Santa Cruz e Santa Cruza��VenA?ncio Aires da RSCa��287, obra rodoviA?ria que virou prioridade apA?s a conclusA?o do eixo norte da RSCa��471. Finalizando os preparativos para assumir a Secretaria de Infraestrutura e LogA�stica no governo Tarso Genro (PT), o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) garante que hA? pelo menos quatro rodovias estaduais no interior do Estado que precisam ser duplicadas. a�?A 287 nA?o suporta mais ajustesa�?, assegura.

Para ampliar a capacidade de trA?fego da RSCa��287 e das estradas Cruz Altaa��IjuA�, Passo Fundoa��Marau e Bento GonA�alvesa��Farroupilha, o secretA?rio calcula que precisarA? de R$ 1,5 bilhA?o. E jA? tem uma estratA�gia para tentar ao menos iniciar a execuA�A?o das obras: primeiro realizar todos os estudos e projetos tA�cnicos necessA?rios e, depois, ir atrA?s de recursos dentro e fora do PaA�s. a�?Sob a coordenaA�A?o do governador nA?s jA? estamos elaborando cartas-consultas de financiamentos internacionais e abrindo a discussA?o com o governo federal e o BNDESa�?, adianta.

No caso da 287, a licitaA�A?o para definir as empresas que serA?o responsA?veis pela elaboraA�A?o dos projetos de duplicaA�A?o dos dois trechos jA? foi concluA�da. As vencedoras, no entanto a�� STE para o trecho sentido CandelA?ria e Ecoplan para o trecho sentido VenA?ncio a��, ainda nA?o foram contratadas. A missA?o serA? do prA?ximo governo. O projeto da duplicaA�A?o de 62 quilA?metros custarA? R$ 1,9 milhA?o. a�?Precisamos fazer esses projetos para, com isso, buscar a financiabilidade das obrasa�?, resume o secretA?rio. Abaixo veja os principais trechos da entrevista concedida por Beto Albuquerque A� Gazeta do Sul no meio da semana na sede do PSB, em Porto Alegre.

Gazeta Entrevista

Beto Albuquerque
DEPUTADO FEDERAL REELEITO E FUTURO SECRETA?RIO ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA E LOGA?STICA

Gazeta a�� AtA� poucos dias atrA?s a imprensa nacional dava como certa sua nomeaA�A?o para cargo estratA�gico no governo federal. Isso ainda pode acontecer?

Beto Albuquerque a�� O PSB vive um impasse nas negociaA�A�es para composiA�A?o do governo de Dilma Rousseff. Nas eleiA�A�es desse ano nA?s crescemos muito, elegemos seis governadores e 34 deputados federais. Devido a isso e A� parceria que temos com o PT desde 1988 imaginA?vamos que poderA�amos crescer no governo. Hoje temos os ministA�rios de CiA?ncia e Tecnologia e dos Portos. Houve a cogitaA�A?o para eu assumir o MinistA�rio de Portos e Aeroportos, mas a coisa nA?o avanA�ou. Vou entA?o tocando aqui o projeto de organizar a Secretaria de Infraestrutura. O convite do governador me orgulhou muito.

Gazeta A�a�� No governo de OlA�vio Dutra o senhor foi secretA?rio dos Transportes, funA�A?o semelhante com a que assume nos prA?ximos dias. O que o senhor avalia que mudou de lA? para cA?? SerA? que vai encontrar desafios daquele tempo ainda?

AlbuquerqueA� a�� Muitas coisas evoluA�ram, jA? se resolveram. Mas outras infelizmente nA?o. Na A�poca deixamos a RSCa��471 licitada e contratada e sA? agora que a rodovia foi inaugurada. Foi no governo OlA�vio que inauguramos o lote Soledadea��Barros Cassal. Que bom que foi tudo concluA�do agora, mas demorou muito mais do que deveria. E ainda temos uma sA�rie de serviA�os complementares para fazer. Quando a safra comeA�ar a ser escoada do Planalto atA� o Porto de Rio Grande a 471 precisarA? de boa fiscalizaA�A?o e sinalizaA�A?o. A rodovia A� importantA�ssima e dentro de pouco tempo terA? movimento intenso. Minha atuaA�A?o sempre foi voltada para a seguranA�a no trA?nsito.

Gazeta a�� HA? semanas os futuros secretA?rios estA?o estudando documentos e relatA?rios sobre suas pastas. Qual serA? seu primeiro desafio e sua primeira missA?o como secretA?rio?

Albuquerque a�� Ao longo do mA?s de janeiro vou fazer um levantamento detalhado dos contratos e convA?nios da secretaria. Vamos tambA�m elaborar uma radiografia de cada rodovia estadual. Vou fotografar e filmar o patrimA?nio que vamos receber. Queremos mostrar as condiA�A�es de cada estrada estadual, incluindo as nA?o pavimentadas. Disso sairA? uma anA?lise de necessidades, prioridades. Ao final das primeiras semanas teremos uma auditoria de tudo. Queremos saber o estA?gio das obras, se algumas nA?o foram realizadas simplesmente porque era ano eleitoral.

Gazeta a�� O Daer, setor ligado A� sua secretaria que cuida da malha rodoviA?ria estadual, terA? um orA�amento de aproximadamente R$ 350 milhA�es no ano que vem. A� suficiente para atender a todas as demandas?

AlbuquerqueA� a�� A� muito pouco. O Estado diz que tem R$ 3 bilhA�es em caixa e reserva pouco mais de R$ 300 milhA�es para o Daer. A� preocupante diante do tanto que se tem por fazer. SA?o 103 municA�pios sem acesso asfA?ltico e para zerar isso precisamos de mais de R$ 1 bilhA?o. Mas a previsA?o para o ano que vem A� de R$ 67 milhA�es. HA? uma sA�rie de convA?nios com municA�pios que teremos que honrar, mas o que nos foi deixado A� irrisA?rio. Para novas estradas, por exemplo, temos previstos R$ 43 milhA�es. Vamos ter que fazer essa avaliaA�A?o em janeiro, depois sentar e planejar, eleger prioridades. Obras que estejam com andamento razoA?vel precisaremos concluir para nA?o perder dinheiro. NA?o podemos deixar que aconteA�a com outros projetos o mesmo que houve com a 471, que ficou seis anos parada.

Gazeta a�� Embora esteja concluA�da, a RSCa��471 tem algumas questA�es que precisam ser resolvidas, como o acesso a Sinimbu e o movimento intenso que passarA? a haver no trevo de Rio Pardo, tornando o trecho perigoso. O senhor avalia que serA? possA�vel resolver isso?

Albuquerque a�� Vamos ter que pensar, avaliar. Temos que ver se demandas como essas jA? nA?o foram incluA�das no projeto da rodovia e das obras complementares. A 471 terA? movimento intenso e temos que priorizar a seguranA�a no trA?nsito. Temos que preservar vidas.

Gazeta a�� Depois da conclusA?o do eixo norte da RSCa��471, a principal demanda regional na A?rea rodoviA?ria A� a duplicaA�A?o de dois trechos da RSCa��287. A estrada estA? com movimento intenso…

Albuquerque a�� Temos vA?rias rodovias estaduais que demonstram esgotamento. A 287 nA?o suporta mais ajustes. Assim como as rodovias Cruz Altaa��IjuA�, a Passo Fundoa��Marau e a Bentoa��Farroupilha. Precisamos fazer projetos para essas obras de duplicaA�A?o e depois buscar a financiabilidade. Sob a coordenaA�A?o do governador nA?s jA? estamos elaborando cartas-consultas de financiamentos internacionais e abrindo a discussA?o com o governo federal e o BNDES. A ampliaA�A?o de vias A� fundamental para o desenvolvimento e a seguranA�a. TambA�m vamos buscar recursos para agilizar os acessos asfA?lticos a municA�pios. Precisamos de mais de R$ 1 bilhA?o para isso. A saA�da A� elaborar os projetos, eleger prioridades e buscar recursos para executar as obras.

Gazeta a�� Daqui a trA?s anos e meio o Estado serA? uma sub-sede da Copa do Mundo. Para isso precisa de boas estradas e tambA�m aeroportos. As estruturas regionais serA?o ampliadas, valorizadas?

Albuquerque a�� No caso dos aeroportos levamos em conta um critA�rio muito claro, que A� a demanda regional e o potencial de passageiros. Hoje o aeroporto que nA?o tem ligaA�A?o diA?ria com SA?o Paulo, por exemplo, nA?o se viabiliza. No interior os A?nicos que possuem essa demanda sA?o os de Caxias do Sul e Passo Fundo. Nas outras regiA�es A� preciso prospectar os mercados. A exceA�A?o A� a Zona Sul. Rio Grande estA? crescendo, vai dobrar a populaA�A?o nos prA?ximos cinco anos. LA? teremos que ver uma soluA�A?o com urgA?ncia. Ou se faz um aeroporto novo ou se amplia o de Pelotas. Com a duplicaA�A?o da BRa��392, Rio Grande ficarA? a 40 minutos de Pelotas. A� uma distA?ncia tranquila. JA? na regiA?o central teremos que analisar o mercado.

Gazeta a�� Um ano e meio depois que o Estado denunciou os contratos de pedA?gios, passando a responsabilidade para a UniA?o, o governo federal enfim admitiu o controle sobre o setor atA� 2013, quando vencem os contratos. O que serA? feito a partir daA�? Qual vai ser a participaA�A?o do governo estadual nisso?

Albuquerque a�� O que o governador disse na campanha, que os atuais contratos precisam ser respeitados, nA?s vamos cumprir. AtA� lA?, no entanto, vamos participar ativamente do debate sobre o que fazer a partir de 2014. EstA? certo que o modelo em vigor precisa ser mudado. Embora a UniA?o confirme a federalizaA�A?o dos pedA?gios, ainda hA? um limbo que estA? sendo resolvido. Por isso no ano passado nA?o houve reajuste das tarifas e agora pode nA?o haver novamente. Mas isso A� ruim, sA? agrava o desequilA�brio dos contratos e depois, na hora de corrigir, penaliza o usuA?rio. NA?o sei o que a UniA?o farA? a partir de janeiro, mas pactuamos com o ministro que o Estado participarA? dos debates. Vamos defender que nA?o se amplie a malha pedagiada. A RSCa��471 A� um exemplo de estrada que deve continuar sendo pA?blica. Ela jA? foi projetada para servir como alternativa aos pedA?gios da BRa��386.

Gazeta a�� Nos A?ltimos meses o senhor, como deputado, jA? vinha se mobilizando em torno da Ferrosul. Como secretA?rio, como pretende conduzir a pauta da construA�A?o dessa ferrovia, que farA? ligaA�A?o direta entre SA?o Paulo e o Porto de Rio Grande?

Albuquerque a�� A Ferrosul faz parte do projeto da Ferrovia Nortea��Sul. O trecho norte, entre BelA�m do ParA? e Panorama, em SA?o Paulo, estA? indo para a fase final. Agora temos que agilizar o trecho sul. JA? conseguimos reservar recursos do PAC 2 para a elaboraA�A?o do projeto. Na hora de definir o traA�ado teremos que ficar atentos para garantir ramais com o Centro do Estado, a Serra e a RegiA?o Metropolitana. Teremos que aproveitar todas as possibilidades. No comeA�o de 2011 os governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, ParanA? e Mato Grosso do Sul vA?o se unir e criar a Ferrosul, empresa pA?blica que tratarA? do assunto perante o governo federal. A� essa empresa que vai coordenar os trabalhos. Podemos demorar dez anos para iniciar as obras, mas precisamos nos organizar agora. NA?o podemos perder tempo.


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