A nova polAi??tica e um novo fazer para o Brasil
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Sistemas entram em colapso quando nA?o circulam. Emperram, congestionam e perdem o prazo de validade se nA?o forem legitimados. Sistemas sA?o remexidos quando nA?o acompanham as demandas do tempo ou diminuem suas relaAi??Ai??es com as bases e seus princAi??pios fundadores. Isso serve para governos, partidos polAi??ticos, empresas e organizaAi??Ai??es civis. Ao perderem o fio de contato com seus canais de interlocuAi??A?o eclodem alertas com graus variados de atenAi??A?o. Prova de que os sistemas, quando vitais, tambAi??m podem se regenerar.
As reivindicaAi??Ai??es que sacudiram as ruas de junho, mesmo difusas, sem comandos nos moldes das lideranAi??as tradicionais, todas convergem para o alerta veemente de uma crise sistA?mica que pretende chegar o mais prA?ximo possAi??vel da raiz dos problemas: nA?o basta a democracia representativa; deseja-se uma democracia efetiva comprometida com a cidadania participativa, visAi??vel em serviAi??os de qualidade, fundamentada em Ai??tica vivenciada, aberta em seus processos de decisA?o com mecanismos e ferramentas que permitam o amplo acesso a informaAi??Ai??es. O paAi??s exige por uma nova forma de ser e agir dos agentes polAi??ticos, com Ai??tica, transparA?ncia e sentimento coletivo de zelo com coisa pA?blica a serviAi??o do coletivo.
O paAi??s vive crises na afirmaAi??A?o de sua identidade institucional: 1 – a populaAi??A?o nA?o vA? legitimidade na grande maioria de seus representantes e no sistema polAi??tico cheio de vAi??cios; 2 – a sociedade acha que nA?o hA? zelo na gestA?o do dinheiro pA?blico, onde corruptos e corruptores raramente sA?o punidos e, 3 – hA? uma crise na qualidade dos serviAi??os pA?blicos, principalmente na educaAi??A?o, saA?de e transporte pA?blico.
O choque na gestA?o pA?blica Ai?? urgente e evidente. HA? um clamor de demandas reprimidas ou desviadas no atendimento tanto na escala macro das grandes linhas quanto no cotidiano mais simples da vida comum. Um choque a exigir outros olhares sobre velhas questAi??es, novas posturas e estratAi??gias com reflexos diretos na atitude do gestor. MudanAi??a de atitude para estabelecer outros cA?digos na administraAi??A?o. Abrir janelas para receber, de fora, ventos fAi??rteis com novos pontos de vista. Diminuir o tempo das falas de cima para baixo no exercAi??cio plenipotente das ai???verdades prontasai??? e aumentar o tempo de escuta dos cidadA?os em respeito permanente de troca, pertencimento e compartilhamento.
MudanAi??a de atitude na administraAi??A?o Ai?? comeAi??ar, por exemplo, por combater a burocracia que emperra o Estado. Ela Ai?? a arma dos incompetentes e irmA? dos mal intencionados, fonte de corrupAi??A?o e malversaAi??A?o dos recursos pA?blicos. Precisamos fortalecer e consolidar as carreiras de Estado, preenchidas mediante concurso pA?blico, onde o mAi??rito se sobrepAi??e aos apadrinhamentos.
O impacto atual vai alAi??m da reflexA?o e determina a execuAi??A?o de medidas concretas que hibernavam e, enfim, entraram nas agendas do Estado e da sociedade. O cidadA?o estA? cansado da velha politicagem, fisiolA?gica e casuAi??stica, onde o interesse pA?blico passa longe e o privado Ai?? o que prevalece. A velha polAi??tica feita com o umbigo, ou pior, o bolso deve ser trocada pela nova polAi??tica, de coraAi??Ai??es e mentes sintonizadas com o sentimento de inclusA?o produtiva, transparA?ncia e justiAi??a social.
O nosso sistema polAi??tico atual Ai?? lento e pouco irrigado pelo fluxo de vitalidade que vem das ruas. Precisamos desconstruir a velha repA?blica. Este Ai?? um processo que comeAi??a por dentro e exige uma nova atitude de cada um de nA?s. Os ventos nA?o querem sA? mudanAi??as de personalidades. O vendaval quer mudanAi??a de comprometimento no exercAi??cio de uma nova polAi??tica com a visA?o da vida em primeiro plano e o valor do humano inspirando suas prA?ticas.
A vida nA?o pA?ra, quando a impedem: dispara!} else {