AS CARAS DA ECONOMIA EM 2011

Dec 26 2010
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ZERO HORA – PORTO ALEGRE

Nunca antes na histA?ria deste paA�s uma equipe econA?mica assumiu os rumos da UniA?o e do Estado sem nenhum coelho pronto para tirar da cartola. Conhecidos, estudados, experientes, os novos gestores que chegam ao poder em uma semana nA?o tA?m fA?rmulas mA?gicas nem enfrentarA?o sobressaltos pelo menos nA?o em curto prazo. O que esperar deles, entA?o?

Muito, se depender das opiniA�es colhidas por Zero Hora.

a�� Como em 2011 o PIB vai crescer menos, A� importante definir bem o tamanho do corte de gastos da UniA?o para poder enfrentar o ano com tranquilidade. Fora isso, acho que (a equipe econA?mica) mexe pouco no mercado a�� avalia o economista Paulo Petrassi, da Leme Investimentos.

Os nomes definidos pela presidente eleita, Dilma Rousseff, representam a continuaA�A?o do governo Lula, na opiniA?o da ConfederaA�A?o Nacional da IndA?stria (CNI). No balanA�o da economia brasileira de 2010, divulgado na semana passada, a entidade reivindicou uma polA�tica de crescimento que possa ser conciliada A�s atividades industriais do paA�s.

a�� Setores industriais sujeitos A� competiA�A?o internacional ainda estA?o em dificuldades. A� indispensA?vel rever o tripA� econA?mico do cA?mbio, da inflaA�A?o e dos juros a�� diz o presidente da CNI, Robson Andrade.

No Estado, a sensaA�A?o tambA�m A� de continuidade. O coordenador do Conselho de Infraestrutura da Fiergs, Ricardo Portela Nunes, avalia que, apesar de incluir nomes do governo de OlA�vio Dutra, a equipe definida por Tarso Genro nA?o passa a sensaA�A?o de dA�jA�-vu.

a�� Os nomes sA?o os mesmos, mas a conjuntura A� totalmente diferente. O governo do OlA�vio tinha um conceito revolucionA?rio, ia reinventar o Estado. Isso acabou. Todos amadureceram. A� hora de olhar para a frente a�� pontua o dirigente, que se diz a�?contentea�? com a montagem da equipe.

O presidente da FederaA�A?o das AssociaA�A�es de MunicA�pios do Rio Grande do Sul (Famurs), Vilmar Zanchin, tambA�m elogia o perfil do secretariado econA?mico. Segundo Zanchin, a eleiA�A?o de Tarso no primeiro turno significou um voto de confianA�a do eleitorado.

a�� A equipe A� qualificada. O desafio, para os municA�pios, A� o governo conseguir aumentar o repasse de ICMS via incremento na arrecadaA�A?o. HA? mecanismos tA�cnicos para isso, mas esperamos ser chamados para uma parceria especialmente na fiscalizaA�A?o dos tributos a�� afirmou o presidente.

Infraestrutura e LogA�stIca

Quem A�: Beto Albuquerque.
Deputado federal pelo PSB, em
quarto mandato. Formado em Direito pela Universidade de Passo
Fundo (UPF), tem 47 anos.

Por onde passou: iniciou sua carreira polA�tica
em Passo Fundo, como vereador. Elegeu-se deputado estadual em 1990 e 1994.TambA�m foi secretA?rio dos Transportes no governo OlA�vio Dutra,
entre 1999 e 2002.

O que pretende fazer: admite que hA? gargalos de infraestrutura no Estado, especialmente
em rodovias e aeroportos. TerA? como prioridade
duplicar estradas, especialmente na RegiA?o Metropolitana, e acelerar a construA�A?o de um aeroporto
para atender A� demanda de passageiros e de carga
na serra gaA?cha. TambA�m vA? como prioridades a
discussA?o sobre um novo aeroporto para a zona
Sul do Estado, entre Pelotas e Rio Grande, e a construA�A?o de uma segunda ponte sobre o GuaA�ba.A�

O que pensam dele: a�?Foi a escolha mais feliz
possA�vel. O secretA?rio conhece a A?rea, jA? esteve no
governo e amadureceu naquele perA�odo. E tem
uma grande qualidade: quando nA?o sabe sobre
um tema, vai estudar. Ele jA? fez isso na questA?o
dos pedA?gios. AlA�m disso, tem prestA�gio no governo federal, o que pode ser fundamental para alavancar investimentos em infraestrutura.a�?
Ricardo Portela Nunes, coordenador de Infraestrutura da Fiergs