Beto Albuquerque avalia os rumos da polAi??tica apA?s as eleiAi??Ai??es de 2014

Nov 24 2014
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LAi??der do PSB na CA?mara, Beto Albuquerque concorreu Ai?? vice-presidA?ncia da RepA?blica. Foto: SAi??rgio FrancA?s

Aos 51 anos de idade, o lAi??der do Partido Socialista Brasileiro (PSB), deputado federal Beto Albuquerque, encerra, em dezembro, seu quarto mandato consecutivo na CA?mara dos Deputados. Antes, porAi??m, de sua primeira posse em BrasAi??lia, em 1999, Beto jA? havia cumprido dois mandatos como deputado estadual no Rio Grande do Sul, seu estado natal.

JA? se vA?o 24 anos de dedicaAi??A?o Ai?? construAi??A?o de uma sociedade mais justa e igualitA?ria, pautado sempre por princAi??pios Ai??ticos que valorizem o papel da polAi??tica. Durante todo este tempo, foi autor e responsA?vel pela aprovaAi??A?o de leis de grande relevA?ncia para o povo brasileiro, entre elas, as que aprimoraram o CA?digo de TrA?nsito Brasileiro e a lei que instituiu, em 2009, a Semana de MobilizaAi??A?o Nacional para DoaAi??A?o de Medula Ai??ssea, comemorada entre os dias 14 e 21 de dezembro. Ai?? tambAi??m de sua autoria a lei que criou o Fundo Nacional do Idoso.

Sua militA?ncia polAi??tica teve sua origem ainda na juventude, quando ocupava os bancos da universidade. Com uma A?nica filiaAi??A?o partidA?ria ao longo de toda a sua vida, fez do PSB sua casa de luta e Ai?? consolidaAi??A?o da legenda se dedicou com afinco. Em 2014, apA?s a sA?bita morte de seu amigo e uma das maiores lideranAi??as e referA?ncias polAi??ticas do PaAi??s, o entA?o candidato Ai?? PresidA?ncia da RepA?blica Eduardo Campos, Beto assumiu a missA?o de compor a chapa socialista na disputa pelo Executivo brasileiro, na condiAi??A?o de vice-presidente. Ao lado de Marina Silva, percorreu as 27 unidades da FederaAi??A?o, onde conheceu os problemas de cada regiA?o e se dedicou sobremaneira na busca de soluAi??Ai??es.

Em entrevista ao Portal do PSB na CA?mara, Beto falou sobre essa experiA?ncia, sua visA?o sobre os rumos polAi??ticos do Brasil e as tendA?ncias para os prA?ximos anos.

O senhor sempre teve uma trajetA?ria polAi??tica bastante exitosa, com resultados significativos nas urnas a cada pleito disputado. Para as eleiAi??Ai??es de 2014, o senhor certamente seria reeleito para CA?mara dos Deputados com expressiva votaAi??A?o. Entretanto, optou pela candidatura ao Senado e, posteriormente, assumiu a candidatura na chapa majoritA?ria Ai?? PresidA?ncia da RepA?blica. O que o levou a abdicar de uma eleiAi??A?o ganha? cheap diakof prospect

NA?o se trata de abdicar de uma eleiAi??A?o ganha, mesmo porque esse conceito de eleiAi??A?o ganha nA?o existe. O que nos levou a esta decisA?o foi o fato de que nosso projeto Ai?? amplo, voltado para o PaAi??s, e nA?o meramente para vencer eleiAi??Ai??es. Nosso partido se consolidou e vem crescendo a cada eleiAi??A?o justamente por se pautar no princAi??pio de construir um Brasil melhor para todos, e nA?o apenas para alguns grupos oportunistas.

Nesta perspectiva fui convidado pelo nosso entA?o candidato Ai?? PresidA?ncia, Eduardo Campos, para assumir a tarefa de disputar uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Assumi com afinco essa tarefa. Infelizmente, nossos planos foram subitamente alterados pelo acidente que nos levou Eduardo Campos e tivemos que, num curto perAi??odo, tomar muitas decisAi??es. Neste novo cenA?rio, o PSB confiou a mim a missA?o de construir a campanha ao lado de Marina.

Assumimos esse desafio e, em menos de sessenta dias, partimos para a estrada. Neste perAi??odo, vimos que o Brasil pede um novo ciclo. Um novo ciclo econA?mico. Um novo ciclo polAi??tico. NA?o se pode esperar mais do mesmo.

Infelizmente, o que norteou a campanha nA?o foi o debate sobre o que o Brasil precisa, mas a busca incessante pela desqualificaAi??A?o dos demais candidatos, de forma descarada e mentirosa, por parte da candidata Ai?? reeleiAi??A?o. Venceu a polAi??tica do medo, do terrorismo, de espalhar o terror. Isso nA?o contribuiu em nada para a democracia brasileira.

Quanto Ai?? nossa missA?o, encerrei essa campanha com o sentimento de dever cumprido e muito orgulho de ter representado ao lado de Marina Silva o pensamento de Eduardo Campos e do PSB.

De forma geral, que avaliaAi??A?o o senhor faz das eleiAi??Ai??es de 2014? kamagra online kaufen

As eleiAi??Ai??es de 2014 ficaram marcadas na histA?ria polAi??tica brasileira, nA?o pela celebraAi??A?o da democracia, mas pela marca da vitA?ria da mentira e da falta de Ai??tica.

AlAi??m do uso da mA?quina pA?blica para fazer campanha, o PT tambAi??m lanAi??ou mA?o de mentiras contra os adversA?rios e sobre a realidade do PaAi??s. A campanha do PT chegou a afirmar que as ideias de Marina iriam minar os principais programas sociais. Eu e Marina sofremos as injA?rias e calA?nias e, depois de fazerem tudo isso conosco, vieram pedir apoio e querer argumentar que, por sermos esquerda, deverAi??amos estar ao lado deles. Se fosse para apoiarmos a presidente Dilma, nA?o precisA?vamos ter saAi??do do Governo e nem ter perdido Eduardo Campos voando em campanha.

Tudo isso colocou o debate polAi??tico em nAi??vel rasteiro, algo que nosso PaAi??s, nosso povo nA?o precisa. Nesse contexto, o Governo fugiu do debate central que deveria ser travado: o da economia. O PaAi??s estA? estagnado! A presidente Dilma fecharA? este ano com Ai??ndices piores do que aqueles de quando recebeu este PaAi??s. Se o modelo vigente estivesse dando certo, nA?o estarAi??amos vivendo a volta da inflaAi??A?o, com furos na previdA?ncia, nA?o terAi??amos 3,5% do PIB em dAi??ficit em conta corrente. Nossa economia estA? refratA?ria, sem crescimento. As contas pA?blicas estA?o desajustadas! Vemos a todo instante o rebaixamento do grau de potencial de investimento, levando embora recursos importantes para o crescimento do nosso PaAi??s. Como se nA?o bastasse, o que se vA? Ai?? a forte oposiAi??A?o no Congresso Nacional e nas ruas.

Durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma minimizou o cenA?rio negativo no qual o PaAi??s se encontra e prometeu corrigir o que estava errado e melhorar o Brasil. O senhor acha que ela conseguirA? cumprir suas promessas?

O fato Ai?? que Dilma terA? que fazer tudo ao contrA?rio do que disse na campanha. E jA? estA? fazendo! O novo governo jA? comeAi??arA? desgastado. Passado o perAi??odo eleitoral, o governo precisou admitir que convivia hA? meses com um problema contA?bil que nem as dezenas de manobras fiscais feitas pelo Tesouro Nacional foram capazes de encobrir. O Governo enviou lei ao Congresso para driblar a meta fiscal e reforAi??a a impressA?o de que o PaAi??s apresentado na campanha do PT era apenas uma peAi??a de marketing eleitoral.

Ai?? preciso que se faAi??a uma grande limpeza nas nossas empresas estatais, nos ministAi??rios, nas agA?ncias reguladoras e atAi?? nos poderes, que hoje estA?o tomados por aparelhamento polAi??tico.

Os problemas nA?o param por aAi??. TambAi??m temos uma crise que se agrava sistematicamente em relaAi??A?o Ai?? nossa matriz energAi??tica. O Brasil continua apostando no sistema hAi??drico, mas nA?o temos porque nA?o avanAi??ar na energia solar, no gA?s. O pior cenA?rio para o Brasil Ai?? nA?o ter energia. O governo Dilma colapsou o setor. Ai?? preciso explorar outras fontes de energia.

Dilma continuarA? refAi??m da velha polAi??tica, dos acordos e conchavos feitos com o A?nico objetivo de manter o poder.

O Governo tem envidado todos os esforAi??os para aprovar o projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes OrAi??amentA?rias (LDO) de 2014 e permite ao governo flexibilizar a meta de superA?vit primA?rio das contas do setor pA?blico. Como o PSB irA? se posicionar diante dessa iniciativa?

NA?o seremos sA?cios da irresponsabilidade fiscal do Governo Dilma! As manobras governistas para mudar a Lei no final do ano servem apenas para livrar a governante do crime de improbidade com as contas pA?blicas. Isso nA?o serve ao interesse pA?blico e somente demonstra que continuamos no mesmo ciclo que trouxe a inflaAi??A?o de volta e que prejudica todo o PaAi??s.

http://koochesfahan.salehin.ir/2018/03/15/cost-paroxetine/ Na sua avaliaAi??A?o, qual pauta deverA? dominar a polAi??tica a partir do prA?ximo ano?

A reforma polAi??tica Ai??, sem dA?vida, o principal assunto a ser tratado. O processo eleitoral e o resultado da eleiAi??A?o de 2014 comprovam que precisamos de instrumentos, de mecanismos que garantam a alternA?ncia do poder, a renovaAi??A?o dos quadros polAi??ticos e das lideranAi??as que governam. NA?o podemos mais conviver com situaAi??Ai??es como a vergonhosa prA?tica levada a cabo na gestA?o da Petrobras.

O mundo mudou. A cultura mudou. O mundo hoje Ai?? digital e a polAi??tica continua analA?gica. Precisamos de mecanismos que favoreAi??am o diA?logo entre os entes polAi??ticos e o povo e que deem mais transparA?ncia Ai?? gestA?o pA?blica. Plataformas digitais que se traduzam em mais democracia.

Esperamos, ainda, que se avance na reforma tributA?ria. Precisamos de uma revisA?o urgente que produza avanAi??os para o PaAi??s, que reduza a carga tributA?ria em setores importantes, elimine a guerra fiscal entre os Estados e conduza Ai?? maior parte da destinaAi??A?o do ICMS ao destino.

O senhor citou o caso da Petrobras. A corrupAi??A?o parece ter se tornado uma epidemia no Brasil. Como o senhor acredita que esse mal pode ser combatido dentro do Governo?

Um passo importante Ai?? nA?o se eleger nem se nomear corrupto. Ai?? preciso livrar o estado brasileiro da corrupAi??A?o, do loteamento de cargos, da apropriaAi??A?o indevida das instituiAi??Ai??es pA?blicas e tambAi??m do uso de meios oficiais para caluniar e destruir adversA?rios polAi??ticos. A Petrobras estA? sendo destruAi??da pelo uso polAi??tico, pelo apadrinhamento e pela corrupAi??A?o.

AlAi??m disso, Ai?? preciso ter gestA?o, planejamento, metas, mediAi??A?o de resultados e, acima de tudo, transparA?ncia.

Uma forma de se combater o apadrinhamento, por exemplo, Ai?? com a implantaAi??A?o de comitA?s de busca. Abre-se prazo para candidatura, monta-se uma lista de potenciais candidatos com competA?ncia tAi??cnica comprovada e, a partir desta lista, se escolhe o mais indicado. Um processo simples, jA? empregado por vA?rios gestores do PSB, e que dA? transparA?ncia e lisura Ai?? escolha de gestores pA?blicos.

Sobre a reforma polAi??tica, que propostas o senhor considera fundamentais a serem discutidos?

Precisamos melhorar o sistema polAi??tico para que possamos estar mais prA?ximos do eleitor, em sintonia com ele. E essa sintonia vem quando o polAi??tico percebe o que o eleitor deseja que seja feito no A?mbito de sua representaAi??A?o parlamentar ou mesmo no Executivo.

O PSB Ai?? favorA?vel Ai?? ampliaAi??A?o de novos mecanismos de democracia participativa, como o uso do referendo e do plebiscito e a reduAi??A?o do nA?mero de assinaturas para projeto de iniciativa popular; o fim do voto secreto em todas as casas legislativas; o fim da reeleiAi??A?o no Executivo e a instituiAi??A?o de um mandato de cinco anos para todos; e o fim das coligaAi??Ai??es proporcionais.

A mudanAi??a do sistema de financiamento pA?blico no Brasil, por exemplo, Ai?? extremamente importante para diminuir a incidA?ncia do poder econA?mico nas eleiAi??Ai??es. Neste sentido, precisamos rever questAi??es inerentes ao processo eleitoral como o tempo de televisA?o. Ai?? necessA?rio limitar o tempo de cada partido e o nAi??vel de produAi??A?o dos programas eleitorais. O ideal Ai?? que o programa seja apenas o candidato apresentando suas propostas e nA?o megaproduAi??Ai??es milionA?rias que sA? podem ser bancadas por quem tem mais recursos.

Ai?? preciso, ainda, permitir a fiscalizaAi??A?o de A?rgA?os da justiAi??a, do MinistAi??rio PA?blico, de representantes da sociedade civil, alAi??m daquela jA? realizada pela JustiAi??a Eleitoral.

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