Assessoria de imprensaAssessoria de imprensa, 11/04/2006 Beto Albuquerque diz que “antes de vice-líder do governo, é Varig”
O vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), defendeu nesta terça-feira a concessão pelo governo de prazo de carência de cinco meses para pagamento das taxas aeroportuárias e dois meses para fornecimento de combustível à Varig. O deputado participou no final da tarde da "Marcha pela Salvação da Varig", na Esplanada dos Ministérios. “Este é um momento decisivo para a nossa maior companhia aérea. A contribuição do governo, como maior credor, pode garantir a recuperação da empresa. Caso contrário, será impossível”, afirmou.
Durante o ato, Beto foi enfático na defesa da companhia: “Antes de ser vice-líder do governo, sou Varig”. Ele disse que hoje a gestão da Varig já não está nas mãos da Fundação Ruben Berta, responsável pela maior crise financeira da empresa. A consultoria Alvarez & Marsal, administradora interina, coordena o processo de recuperação judicial e de negociação entre os credores. A consultoria propôs aos principais fornecedores da Varig, além do prazo de carência, a demissão de 2.900 funcionários e a redução de salários em 30%, condições aceitas pelo conselho de credores.
Segundo Beto, o momento é especial para um acordo entre os credores. “Basta que o governo concorde em conceder o prazo de carência a cobrança da Infraero e da BR Distribuidora”, pondera. A empresa tem mais de 10 mil funcionários, mas não tem dinheiro para honrar dívidas estimadas em R$ 7 bilhões nem recursos para arcar com as despesas correntes, como combustíveis e salários. Para o deputado, se a Varig parar, o governo, como poder concedente, terá de arcar com o prejuízo. “O fim da Varig é prejudicial à economia do país, ao setor aéreo brasileiro, ao turismo nacional e internacional e a milhares de usuários que possuem passagens e milhagens.”
