Beto critica histórica falta de planejamento no país.

Apr 14 2004
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Assessoria de Imprensa

Assessoria de Imprensa, 14/04/2004
Beto critica histórica falta de planejamento no país

A falta de planejamento e de investimento público, durante várias décadas, produziu o caos atual no setor de infra-estrutura de transportes no Brasil.

A afirmação foi feita pelo vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB) durante o Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, que termina nesta quarta-feira, em Brasília. O descaso produziu uma herança de 20 mil quilômetros de buracos, só pra falar em rodovias. É isso que o nosso governo recebeu, disse.

Ex-secretário estadual dos transportes no Rio Grande do Sul, Beto criticou a improvisação e a falta de planejamento que caracteriza a história dos governos no país nessa área. O resultado da ausência de planejamento é o desperdício e os chamados elefantes-brancos, afirmou. As obras, em geral, são feitas ao gosto do administrador de plantão.

Planejamento – Diante de cerca de 300 pessoas, Beto defendeu a idéia do planejamento técnico na área. Durante sua gestão no Rio Grande, foi elaborado um Plano Integrado de Transporte, encaminhado para a Assembléia Legislativa. O plano é um diagnóstico completo do setor e possibilita ao gestor executar a política adequada às necessidades do Estado. Uma novidade
é que a proposta inclui todos os tipos de transporte, rodoviário, ferroviário, fluvial e aéreo. Desconsiderado pelo governo atual, o projeto aguarda tramitação na Assembléia.

Cide – Por fim, Beto reiterou sua convicção de que os recursos da Cide têm de ser aplicados exclusivamente em infra-estrutura de transporte. Por isso, um projeto de sua autoria – em tramitação na Câmara – direciona de forma prioritária os recursos da Cide para obras definidas por um Sistema Permanente de Planejamento de Transporte (Sistran).

O projeto também veda a aplicação, por exemplo, para obras em trechos concedidos ou arrendados, o pagamento de pessoal e no pagamento de juros e amortização de dívidas contraídas antes de janeiro de 2004. É essencial que o uso dos recursos não seja desvirtuado, disse.