O coordenador da bancada gaúcha, deputado federal Beto Albuquerque, que está em missão à Europa, representando o Parlamento do Mercosul (Parlasul), reagiu à negativa do Governo Federal em viabilizar o Metrô da Capital. "É inaceitável adiar algo que o país deve para Porto Alegre há tempo. O prazo da Copa é apenas pretexto", afirmou Beto da Bélgica.
Para Albuquerque, a importância do Metrô não se deve apenas em razão da Copa de 2014, mas por se tratar de uma necessidade para a população. “Precisamos viabilizar o Metrô para as pessoas que trabalham e ficam até 2h em um ônibus engarrafado nas ruas e avenidas de Porto Alegre e região Metropolitana”, disse.
Em sua pagina no twitter – www.twitter.com/betoalbuquerque – o parlamentar criticou o fato do país não fazer metrô para o povo em todas as capitais e querer construir o trem bala entre São Paulo e o Rio de Janeiro, orçado em mais de R$ 30 bilhões. “Para comparar: com os R$ 30 bilhões que custará o trem bala SP/RJ, faríamos 15 metrôs de 20 quilômetros como o de Porto Alegre”, argumentou. Defendeu, ainda, que fazer metrôs em capitais é eficiência energética. Conforme pesquisa do Instituto Akatu, de São Paulo, uma pessoa que vai para o trabalho de carro contribui para o aquecimento global, em dois dias, o mesmo que se tivesse feito essa trajetória de metrô durante um mês inteiro. “Com o metrô, quanto CO² os cidadãos que andam em Porto Alegre ou em outras capitais deixariam de respirar?”, questionou.
O deputado, que retorna no domingo, prometeu organizar um amplo movimento para tratar do assunto e voltou a defender a necessidade de parceria público-privada (PPP) para iniciar a construção do metrô antes da Copa de 2014. “O metrô não precisa ficar pronto para Copa. Importante pra nossa gente é que inicie. Esta é uma obra cara, difícil de fazer, mas fundamental para garantir os diretos dos cidadãos”, defendeu.
