Beto critica oposição e infiéis, mas garante que governo trabalha pelo equilíbrio orçamentário

Dec 14 2007
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[14/12/2007]
   
O Orçamento da União de 2008 só será votado na segunda semana de fevereiro. O adiamento se deve às alterações que o governo vai ter de fazer para reacomodar receitas e despesas depois que o Senado derrubou a prorrogação da cobrança da CPMF até 2011. Sem a CPMF, o governo perdeu R$ 40 bilhões em receitas, que estavam previstas no orçamento que seria votado na próxima terça-feira. “A oposição foi intransigente e irresponsável, porque preferiu tentar prejudicar o governo Lula a garantir recursos fundamentais para as áreas sociais e a estabilidade monetária do país”, afirmou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS). "Além disso, a CPMF é um instrumento eficiente contra a sonegação."Segundo ele, de outro lado, a falta de apoio integral da base aliada revela que “alguns parlamentares, na verdade, nunca forma aliados, não merecem ser chamados assim”. Foram 45 votos a favor da prorrogação, e 34 contra. Para a manutenção do tributo, no entanto, eram necessários 49 votos a favor, a maioria qualificada do Senado, equivalente a três quintos do plenário, formado por 81 senadores.

Albuquerque afirma, no entanto, que o governo está atento ao equilíbrio orçamentário e que buscará preservar os investimentos nas áreas sociais, como Bolsa Família. “Esse equilíbrio é fundamental para manter o controle da inflação e, por isso, para não prejudicar o trabalhador assalariado”, afirma.

A decisão de adiamento da votação do orçamento foi tomada pelos presidentes do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB),  da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), senador José Maranhão (PMDB-PB), e o relator do orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE).