“Não estamos satisfeitos com a exclusão do litoral do Rio Grande do Sul do zoneamento agroecológico para o plantio da cana-de-açúcar”. A afirmação foi feita pelo deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) durante a abertura do 2º Seminário da Cana-de-Açúcar, Álcool e Etanol – Modelos de Produção e Produção de Modelos para o RS, promovido pela Assembleia Legislativa através da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável. Segundo Albuquerque não há razões para o litoral gaúcho ter ficado de fora. “Não existe nenhuma análise técnica que explique a não inclusão do litoral no zoneamento. Queremos o litoral no mapa”, disse ao reafirmar que o desafio é fazer com que o Estado implante a cultura da cana-de-açúcar para que possa alcançar a autosuficiência na produção de álcool e etanol.
Coordenador da bancada federal no Congresso, Beto, que tem defendido a participação do Rio Grande do Sul nos benefícios do pré-sal, ressaltou que o Brasil precisa não apenas de “carros flex, mas também de um país total flex, não agarrado a uma vocação única”. Segundo ele, no mínimo 10% das reservas obtidas do pré-sal deve ser utilizada na aplicação de políticas ambientais e investimento em energias renováveis. “Essa é a luta e a disposição da bancada gaúcha”, assegurou.
O presidente da Comissão de Economia, deputado Heitor Schuch (PSB), afirma que é preciso discutir o tema para que o Rio Grande do Sul possa produzir a energia que consome, gerando emprego, renda e divisas. O estado produz 2% do álcool consumido e gasta anualmente R$ 1,3 bilhão na importação do produto.
Schuch aponta também a necessidade de redução do custo de produção e desenvolvimento de equipamentos para o setor. Já a questão da variedade da cana com alta produtividade é um desafio vencido. Dentre as propostas apresentadas, estão a de desenvolver um projeto-piloto no estado; revisão do marco regulatório; discutir a logística e infraestrutura, e criação do selo sócio-ambiental.
