Deputado criticou o governo do RS por opor-se ao piso nacional
O vice-líder do governo, deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) usou ontem (15) a tribuna do plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, para homenagear o Dia do Professor. Em seu discurso, Beto registrou sua indignação como Governo do estado do Rio Grande do Sul, por opor-se à fixação do piso nacional. Segundo Albuquerque, a iniciativa do governo do presidente Lula visa estabelecer, pelo menos, um paradigma para que o professor seja tratado com mais dignidade do ponto de vista salarial. “Quando vejo o Governo do meu Estado do Rio Grande do Sul tentar objetar a fixação do piso referencial nacional de salário, envergonho-me. Esse não deveria ser um caminho para sanear contas públicas, para promover responsabilidade fiscal”, criticou.
Ao encerrar, Beto destacou a importância dos professores para a formação de homens e mulheres dignos. “Aos professores brasileiros o nosso apoio e a nossa certeza de que um piso digno de salários é o começo da redenção da sociedade e o real reconhecimento da importância desses homens e mulheres na formação da coluna vertebral dos homens e mulheres que construirão a soberania do nosso País”, concluiu.
Veja na íntegra o discurso do deputado Beto Albuquerque em homenagem ao Dia do Professor:
O SR. BETO ALBUQUERQUE (Bloco/PSB-RS) – Caro Presidente, distintos Deputados e Deputadas, esta é uma data magna para quem acredita na formação de homens e mulheres de bem, de cidadãos dignos neste País, a data que reverencia, com justeza, os nossos professores, os nossos profissionais de educação. E é evidente que esta não é uma data única, porque o professor, figura fundamental na formação da sociedade brasileira, deve ser reverenciado todos os dias.
Mas, como gaúcho, Sr. Presidente, quero registrar neste Dia do Professor a minha irresignação, a minha tristeza em ver o Governo do meu Rio Grande do Sul, Estado referência em educação, em desenvolvimento, em história, em soberania, opor-se à fixação do piso nacional, essa iniciativa do Governo do Presidente Lula de estabelecer pelo menos um paradigma para que o professor seja minimamente tratado com dignidade do ponto de vista salarial. Quando vejo o Governo do meu Estado do Rio Grande do Sul tentar objetar a fixação do piso referencial nacional de salário, envergonho-me. Esse não deveria ser um caminho para sanear contas públicas, para promover responsabilidade fiscal.
O caminho da responsabilidade fiscal passa, sim, pela contabilidade, mas requer fundamentalmente a formação de uma sociedade empreendedora, inteligente, com oportunidades, e para isso é preciso pagar ao professor aquilo que condiz com a responsabilidade que lhe cabe no atendimento das nossas crianças, dos nossos jovens e dos nossos adultos que permeiam a rede escolar, seja nos Municípios, nos Estados ou no plano federal, nas universidades.
Eu precisava fazer este registro, Sr. Presidente, da mesma forma que reivindico tratamento digno à sociedade na área da segurança pública, que também não pode ser objeto de cortes ou de discurso simples da contabilidade da responsabilidade fiscal.
Portanto, aos professores brasileiros o nosso abraço, o nosso apoio e a nossa certeza de que um piso digno de salários é o começo da redenção da sociedade e o real reconhecimento da importância desses homens e mulheres na formação da coluna vertebral dos homens e mulheres que construirão a soberania do nosso País.
