Beto projeta rumos para pleito de 2014 com crescimento do PSB

Oct 22 2012
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Beto se diz satisfeito no governo Tarso, mas admite que deseja ser candidato ao Senado. Foto: Antonio Paz



Maior lideranAi??a do PSB gaA?cho, o secretA?rio de Infraestrutura e LogAi??stica (Seinfra) do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, comemora o que chama de ai???crescimento consistenteai??? da legenda no Estado e no PaAi??s, avaliando http://hyundaibetterla.com/levothroid-generic-name/ que o partido comeAi??a a ter cacife para ai???voos mais altosai???. PorAi??m, Beto se diz satisfeito no governo Tarso Genro (PT) e projeta a manutenAi??A?o da alianAi??a com o PT em 2014, admitindo que deseja ser candidato ao Senado.


Entre seus trunfos shallaki cost na gestA?o da Seinfra, estA? a nA?o renovaAi??A?o dos contratos com as concessionA?rias de pedA?gios dos sete polos concedidos em 1998, compreendendo 2,1 mil quilA?metros de rodovias. O tema, porAi??m, Ai?? controverso, devido Ai?? contestaAi??A?o pelos partidos de oposiAi??A?o Ai?? criaAi??A?o da Empresa GaA?cha de Rodovias (EGR), que assumirA? as estradas estaduais a partir de marAi??o de 2013.

Soma-se a isso, a contrataAi??A?o do consA?rcio Dynatest-SD, ao custo de R$ 7,4 milhAi??es, para fazer um inventA?rio da malha rodoviA?ria pedagiada e propor um novo modelo. O contrato com a consultoria estA? sendo investigado pelo MinistAi??rio PA?blico, mas o secretA?rio revela estar convicto da inexistA?ncia de irregularidades. Nesta entrevista ao Jornal do ComAi??rcio, o titular da Seinfra tambAi??m avalia a campanha de Manuela dai??i??A?vila (PCdoB) Ai?? prefeitura da Capital, da qual foi o coordenador, fala how much yougara da construAi??A?o da RS-010 e rechaAi??a o risco de apagA?o no setor elAi??trico.

Jornal do ComAi??rcio ai??i?? A que atribui o crescimento do PSB?

Beto Albuquerque – O importante Ai?? que o nosso crescimento nA?o foi ocasional. A gente vem num contAi??nuo, principalmente de 2010 para cA?. Em 2006, jA? crescemos nacionalmente. Em 2010, elegemos seis governadores e, nas eleiAi??Ai??es municipais, agora, confirmamos a continuidade desse crescimento. Estamos muito satisfeitos com isso. JA? ganhamos duas capitais no primeiro turno e estamos disputando trA?s no segundo turno, algumas cidades-polo, como Campinas, Uberaba, Duque de Caxias. No Rio Grande do Sul, fizemos 18 prefeitos, 31 vices e 205 vereadores, mais ou menos. Na RegiA?o Metropolitana, passamos a ter 18 vereadores, reelegemos Cachoeirinha, ganhamos Eldorado do Sul e outras cidades importantes, como RosA?rio do Sul. Nosso crescimento Ai?? consistente, o que nos permite pensar, no futuro, em voos mais altos para o partido, tanto lA? quanto cA?.

JC – Esse crescimento dA? mais forAi??a ao partido para aumentar o espaAi??o no governo Tarso?

Beto – Temos uma boa representaAi??A?o no governo. Temos o vice-governador. Estamos iniciando a conversa sobre 2014. O PSB quer estar na chapa majoritA?ria para 2014. Tem trA?s peAi??as, o governador, o vice e o Senado.

JC – Almeja ser senador?

Beto – A candidatura do Senado estA? no horizonte do partido. Ai?? uma possibilidade. Se estivermos na majoritA?ria, cederemos qualquer espaAi??o. O que nA?o admitiremos Ai?? ficar fora da majoritA?ria, ou que algum partido tenha mais de uma vaga da majoritA?ria. Tem que ter uma certa equidade de distribuiAi??A?o. Estamos satisfeitos no governo e de estarmos ajudando Tarso, enfrentando desafios e ajudando Dilma tambAi??m. Esse Ai?? o nosso campo polAi??tico.

JC – A alianAi??a serA? mantida em 2014 ou existe a possibilidade de candidatura prA?pria?

Beto – O esforAi??o Ai?? dar continuidade para o trabalho que estamos fazendo. NA?o temos outro rumo, neste momento, sendo cogitado.

JC – O que deu errado na campanha da Manuela dai??i??A?vila?

Beto – Acho que nossas dificuldades em Porto Alegre advieram desde o momento em que a oposiAi??A?o ao governo atual se dividiu para concorrer Ai?? prefeitura. Quando o PT tem uma candidatura e nA?s temos outra, e quem estava no governo estA? unido, isso jA? foi a crA?nica da morte anunciada. Isso fragilizou as candidaturas de oposiAi??A?o. A campanha do prefeito (JosAi??) Fortunati (PDT) foi muito bem feita, o triplo de tempo e bem aproveitado por essa vantagem de ter uma grande coligaAi??A?o. Acho que a divisA?o da oposiAi??A?o fraquejou. Manuela foi, de novo, vitoriosa, pelo fato de concorrer. Ela, como mulher e jovem, enfrentou todo o tipo de preconceito. E estar outra vez na disputa jA? foi uma grande vitA?ria pessoal.

JC – Em que fase estA? a montagem da Empresa GaA?cha de Rodovias (EGR)?
http://iyuegao.com/archives/638

Beto – Os diretores tomaram posse, temos a sede dela escolhida. Vai funcionar na frente da prefeitura, no antigo prAi??dio do Grupo UniA?o. EstA? sendo estruturada, agora. Estamos fazendo todo o inventA?rio da malha (rodoviA?ria), com a consultoria que contratamos. Ali tem duas frentes: encerrar os contratos de pedA?gio, que sA?o caros e nA?o ampliaram a nossa malha, ou seja, no Rio Grande do Sul, as pessoas pagam pedA?gio de pista dupla para andar em pista simples. Ao mesmo tempo, temos que servir de subsAi??dio para a EGR fazer os projetos. AtAi?? o fim do ano, queremos a empresa jA? possuidora dos chamados contratos de conservaAi??A?o para cuidar dos seus 818 quilA?metros de estradas que serA?o de sua responsabilidade.

JC – Em que fase estA? o trabalho de consultoria do consA?rcio Dynatest-SD?

Beto – EstA? no inventA?rio patrimonial, que Ai?? crucial para encerrar os contratos e para contratar obras por parte da EGR. Esse inventA?rio Ai?? feito nas rodovias federais e estaduais, porque as federais estA?o delegadas para nA?s, e quem vai ter que receber esse patrimA?nio somos nA?s, para depois devolver Ai?? UniA?o. Temos obrigaAi??A?o de ver a condiAi??A?o dessa malha. AtAi?? o fim de novembro, vamos cruzar esse inventA?rio tAi??cnico na pista, na ponte, no bueiro. Filmamos todas as rodovias que estA?o hoje sob pedA?gio, fizemos exames nas pistas e agora vamos cruzar a realidade dos 2 mil quilA?metros de rodovias pedagiadas com o plano estadual de concessA?o. Ou seja, faremos a comparaAi??A?o de como ela estA? e como deveria estar, conforme o contrato.

JC ai??i?? E depois?

Beto – Se houver discrepA?ncias, vamos notificar os concessionA?rios para fazerem as obras, ou cobrar, evidentemente, esse tipo de desequilAi??brio em favor do Estado. AtAi?? novembro, vamos ter esse levantamento, e, em seguida, a consultoria vai prospectar o futuro, vai examinar, estA? fazendo contagem de trA?fego, movimento de carga, todo esse levantamento para a gente poder ter seguranAi??a em decisAi??es futuras que nA?s venhamos a tomar.

JC – Pode haver novas concessAi??es privadas?

Beto – NA?o estA? descartada a volta dos pedA?gios privados. O problema Ai?? que nA?o podemos errar de novo. O Estado errou nas suas contas, prazos, quando contratou o atual sistema (em 1998). Contratou um sistema por 15 anos e o deixou apenas fazendo manutenAi??A?o, um contrato que nA?o obriga a construir um acostamento, um viaduto, ou uma terceira faixa, e, muito menos, uma duplicaAi??A?o. Isso Ai?? um erro de cA?lculo e visA?o de futuro que houve no passado. Para nA?o errarmos de novo, a consultoria Ai?? a nossa ferramenta.

JC – O MinistAi??rio PA?blico (MP) apontou irregularidades na contrataAi??A?o da consultoria. Haveria sobreposiAi??A?o de funAi??Ai??es entre o consA?rcio Dynatest-SD e a EGR?

Beto – NA?o hA? nenhuma irregularidade. NA?o terAi??amos razA?o nenhuma de fazer sobreposiAi??A?o. Achamos que a preocupaAi??A?o do MP Ai?? pertinente, mas facilmente explicA?vel. Eles achavam que nA?o deverAi??amos inventariar as rodovias federais, mas elas estA?o delegadas ao Estado, e tenho que receber antes de devolver Ai?? UniA?o. EntA?o, preciso inventariar as condiAi??Ai??es das rodovias federais.

JC – O que estA? travando a construAi??A?o da RS-010?

Beto – Foram entregues os relatA?rios dos grupos tAi??cnicos, que sA?o coordenados pelo secretA?rio JoA?o Motta (do Planejamento). Vamos conhecer os pareceres, e o grupo gestor, que o governador preside, vai ter que tomar uma decisA?o de posse dos relatA?rios. Como gestor de transporte e logAi??stica, acho que a RS-010 Ai?? a possibilidade concreta de longo prazo para a RegiA?o Metropolitana nA?o ficar no gargalo, porque 75% do trA?fego da BR-116 nA?o Ai?? de passagem, mas local. Moram 3 milhAi??es de pessoas ao longo da rodovia. Temos que resolver a expansA?o da RegiA?o Metropolitana – ter uma via expressa para essa comunicaAi??A?o e tambAi??m viabilizar o trA?fego de passagem. Por isso, a RS-010 Ai??, do ponto de vista logAi??stico, importante. Ai?? uma obra cara porque tem que dialogar com todas as cidades.

JC – Havia um projeto de PPP (Parceria PA?blico-Privada) para a RS-010, no governo Yeda Crusius (PSDB), e hoje tambAi??m se fala em avenida intermunicipal…

Beto – Essa avenida eu acho totalmente inviA?vel. O modelo do governo Yeda foi totalmente alterado no ano passado pelos prefeitos da RegiA?o Metropolitana. Foram acrescentados praticamente 30 quilA?metros de novas obras. O que o governo Yeda pensou foi uma via expressa, que, a rigor, nA?o se comunicava com as cidades, nA?o tinha entrada e saAi??da, interligaAi??Ai??es, e isso tambAi??m nA?o resolvia os problemas. A Granpal (AssociaAi??A?o dos MunicAi??pios da RegiA?o Metropolitana de Porto Alegre) refez o projeto, agregou intersecAi??Ai??es com todas as cidades, inclusive o contorno de Sapiranga, a RS-429.

JC – Qual a estimativa de custo desta obra?

Beto – Ela custa em torno de R$ 1 bilhA?o. E como eu digo, se o Estado nA?o tem dinheiro, ou ele concede para a iniciativa privada ou ele faz PPP. No caso da RS-010, a concessA?o nA?o Ai?? a soluAi??A?o, porque o pedA?gio ficaria muito caro. Por isso, a entrada do Estado para pagar a execuAi??A?o da obra, e o pedA?gio, para garantir a manutenAi??A?o, Ai?? uma soluAi??A?o imediata. A proposta que existe, apresentada pela Odebrecht, Ai?? de executar a obra em seis anos, ou seja, investir R$ 1 bilhA?o em seis anos, entregar a via pronta, duplicada, e o Estado pagar essa obra em 20 anos. Evidentemente que vai custar um R$ 1,5 bilhA?o para quem vai pagar em 20 anos. A proponente vai cobrar pedA?gio durante 30 anos, vai dar manutenAi??A?o, vai prestar serviAi??os. EntA?o, a PPP Ai?? um misto do cidadA?o, que paga um pouco, do Estado que paga uma boa parte, e da empresa que arrecada pedA?gio. Ai?? um misto para vocA? poder cobrar menos tarifa. Porque, se formos jogar R$ 1 bilhA?o de obra em cima de uma praAi??a de pedA?gio, vamos cobrar R$ 15,00 a tarifa. Ai?? inviA?vel.

JC – A tarifa dos pedA?gios no Estado vai ser reduzida?

Beto – Sim, na pior das hipA?teses, em 30%. A partir do fim dos pedA?gios atuais, a EGR vai operar com 30% menos de tarifa do que estiver sendo praticado.

JC – O que jA? foi feito para sanar os problemas no Departamento AutA?nomo de Estradas de Rodagem (Daer) apontados pela forAi??a-tarefa?

Beto – Muitas coisas. O centro de controle de equipamentos que medem a velocidade jA? foi transferido para o Daer. Antes era em Esteio. O ponto-eletrA?nico jA? estA? funcionando, estamos com um sistema de controle de movimentaAi??A?o de processos e dados dentro da autarquia, estamos licitando as estaAi??Ai??es rodoviA?rias, as linhas de A?nibus. Iniciamos o processo que vai balizar a licitaAi??A?o do transporte coletivo intermunicipal. Praticamente todos os desfechos e os envolvidos naquela denA?ncia estA?o sendo processados pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado), e os desvios de funAi??Ai??es foram corrigidos.

JC – Qual a previsA?o para a licitaAi??A?o de pardais?

Beto – Recebemos uma obrigaAi??A?o que eu contesto. Preciso de estudo tAi??cnico para definir o local onde eu vou instalar o pardal, e esse exame tAi??cnico tem que provar que ali Ai?? um local com acidentalidade e perigoso. HA? uma exigA?ncia jurAi??dica de que nA?s devemos fazer esse estudo antes da licitaAi??A?o. Acho isso um equAi??voco, porque eu vou licitar um equipamento que vai ficar dois anos no mesmo lugar. Se quisermos migrar esse equipamento, serA? preciso fazer outra licitaAi??A?o. EntA?o, estamos tentando resolver esse impasse, e, infelizmente, estA? atrasando uma prestaAi??A?o de serviAi??o muito importante.

JC ai??i?? No verA?o passado, o Estado atingiu o recorde de consumo de energia elAi??trica. Existe risco de apagA?o?

Beto – Nenhum para este ano. SA? por razAi??es naturais, algum efeito natural. Pelo ponto de vista de oferta de energia, nA?o corremos risco nenhum de faltar energia ou de cair redes no Litoral.

Perfil

Beto Albuquerque nasceu em Passo Fundo. Ai?? advogado e tem 49 anos. Mudou-se para Porto Alegre em 1991, quando assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa. Em 1994, reelegeu-se deputado estadual. De 1999 a 2002, foi secretA?rio estadual dos Transportes do governo OlAi??vio Dutra (PT). Seu inAi??cio na polAi??tica se deu pelo movimento estudantil, na Universidade de Passo Fundo. Presidiu o diretA?rio acadA?mico da Faculdade de HistA?ria – antes de mudar para o curso de Direito – e o DiretA?rio Central dos Estudantes (DCE). Ai?? filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) desde 1986. A convite do presidente Lula, tornou-se vice-lAi??der do governo federal na CA?mara dos Deputados em 2003, cargo no qual permaneceu atAi?? o final do mandato do presidente. Eleito deputado federal pela quarta vez consecutiva em 2010, licenciou-se logo no inAi??cio do mandato para assumir a Secretaria de Infraestrutura e LogAi??stica (Seinfra) do Rio Grande do Sul, a convite do governador Tarso Genro (PT).


* Reportagem de Alexandre Leboutte publicada no Jornal do ComAi??rcio – EdiAi??A?o 22/10/2012

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