Brasil e Coréia discutem democracia e desenvolvimento econômico

May 24 2005
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Assessoria de imprensa

Assessoria de imprensa, 24/05/2005
Brasil e Coréia discutem democracia
e desenvolvimento econômico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, na cerimônia de abertura do VI Fórum Global sobre Reinvenção do Governo, em Seul, na Coréia do Sul, que "a democracia é um processo e que não é fácil celebrar a democracia quando se tem fome". No encontro multilateral promovido pelo governo coreano em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), sob o tema "Rumo a uma governança participativa e transparente", Lula falou sobre a importância da democracia e o desafio que a consolidação dela representa para os países em desenvolvimento.

Integrante da comitiva do presidente, o vice-líder do governo Beto Albuquerque (PSB-RS) disse que o fórum é importante porque trata da participação popular e da transparência nas ações dos Estados, além de políticas públicas que garantam justiça social. “Temos desafios fundamentais do nosso tempo que são qualificar o exercício da política, incorporar a população ao sistema político e institucional e retirar da periferia social o máximo de pessoas”, afirmou o deputado.

O vice-líder disse que o governo brasileiro contribui para alcançar esses objetivos, com projetos como os de apoio à agricultura familiar, de microcrédito, de estímulo à produção de biodiesel – a partir do trabalho de pequenos produtores -, e o Fome Zero. “O nosso projeto está fazendo o país avançar com controle fiscal, mas com ênfase no desenvolvimento econômico e social. É um projeto diferente do implantado pelo governo passado, que não enxergou caminhos alternativos para o Brasil. Por isso, perdeu as eleições”, afirmou.

A agenda da comitiva brasileira incluiu ontem um seminário com empresários sul-coreanos. Lula disse que a “economia brasileira vive momento especial, coma preparação de bases para um longo ciclo de crescimento”. Hoje à tarde, o presidente lembrou que os coreanos já mantêm investimentos importantes no Brasil em setores como eletricidade, transportes, comunicações, construção e na indústria automobilística e pediu mais parcerias em setores como a construção de navios e os eletrônicos. E disse que o país poderá exportar etanol para a Coréia do Sul, para ser usado como aditivo na gasolina, como acontece no Brasil.

A mistura reduz a emissão de gases nocivos à atmosfera na queima da gasolina e pode contribuir para que os países asiáticos cumpram as metas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto para a redução da poluição do ar. "Juntamente com o biodiesel, o etanol permitirá à Coréia do Sul diversificar sua matriz energética e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de gases", afirmou Lula.

O presidente brasileiro lembrou também o desafio que representa para países como o Brasil a boa administração dos recursos naturais e do meio ambiente. E destacou a realização no país, de 7 a 10 de junho, do IV Fórum Global de Combate à Corrupção.