Mesmo sem uma meta oficial para diminuir as emissões de carbono, o Brasil adota medidas que apresentam bons resultados. O País reduziu essas emissões em 10% desde 1994, o que corresponde a 1,2 bilhão de toneladas de carbono. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (29), pelo secretário interino de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Ruy Barros, durante audiência da Comissão de Ciência e Tecnologia.
Para o vice-líder do governo, deputado Beto Albuquerque (PSB/RS), o país precisa ter participação efetiva na redução das emissões de carbono e pode, inclusive, liderar o processo internacional pela redução das emissões do gás. “A orientação do presidente é para que na próxima reunião do grupo G8+5, em junho, quando serão discutidas as mudanças climáticas na Terra, o País defenda com veemência medidas de preservação ambiental”, afirma. Beto disse, ainda, que o Brasil defenderá a idéia de que os países desenvolvidos devem fazer a maior parte do esforço, já que eles são responsáveis pela maior parte do gás carbônico emitido na atmosfera.
A redução de 52% no desmatamento verificado nos últimos dois anos no País, de acordo com Albuquerque, contribuiu para os resultados positivos, uma vez que o desmatamento é responsável por cerca de 75% das emissões de carbono no Brasil. Outro dado positivo foi a redução em mais de 10% na emissão de gases CFC, superando a meta estabelecida pelo Protocolo de Kyoto para os países desenvolvidos (meta de 5%). Ele lembrou que, a partir deste ano, o Brasil proibiu a importação desses gases, que causam a destruição da camada de ozônio. Essa camada filtra a radiação solar prejudicial à saúde.
