Cantergiani contra a neblina
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O PIONEIRO – CAXIAS DO SUL
No dia em que oficializou decisA?o do novo aeroporto, secretA?rio anunciou investimentos no atualCaxias do Sul a�� Desde o anA?ncio da escolha por Vila Oliva para receber o novo aeroporto da Serra, na quinta-feira, as atenA�A�es se voltaram ao que A� necessA?rio para a execuA�A?o do empreendimento. Mas enquanto ele nA?o sai do papel, o Aeroporto Regional Hugo Cantergiani nA?o ficarA? desassistido. A garantia A� do secretA?rio estadual de Infraestrutura e LogA�stica, Beto Albuquerque.
Ele esteve na CA?mara de IndA?stria, ComA�rcio e ServiA�os de Caxias (CIC), na sexta-feira, para oficializar, em entrevista coletiva A� imprensa, a decisA?o do governo sobre o novo aeroporto. E adiantou a instalaA�A?o de um sistema de pouso por instrumentos (ILS, instrument landing system na sigla em inglA?s) de categoria 1, no Cantergiani, atA� o ano que vem.
O equipamento orienta o direcionamento de aviA�es e facilita o pouso e a decolagem, especialmente em condiA�A�es adversas, como neblina. A intenA�A?o do governo A� instalar o mesmo aparelho no aeroporto de Passo Fundo, que opera voos diA?rios a SA?o Paulo, a exemplo de Caxias.
a�� Estamos contratando os estudos. AtA� o ano que vem nossa ideia A� ter o aparelho funcionando. NA?s definimos um plano de investimentos na rede de aeroportos regionais do Estado. Caxias do Sul e Passo Fundo, que sA?o aeroportos que tA?m voos diA?rios a SA?o Paulo, sA?o as prioridades para instalaA�A?o de ILS. Esse equipamento nA?o zera o passivo de conflito com cerraA�A?o e neblina, mas diminui muito a retomada de voos em dias que tem esse tipo de anomalia a�� explicou Beto.
Conforme o diretor do aeroporto Hugo Cantergiani, Henrique Elustondo, o aparelho propicia a reduA�A?o do teto (distA?ncia entre solo e as nuvens) de 600 pA�s para 210 e da visibilidade horizontal, o que traz mais seguranA�a ao piloto. Ele estima que, por ano, se perdem 3% dos voos em razA?o do mau tempo. No inverno, hA? picos entre 5% e 7%.
a�� Com o aparelho, espera-se reduzir em 50%, no mA�nimo, a perda de voos a�� destacou Elustondo.
A instalaA�A?o do ILS era um pedido antigo da direA�A?o do aeroporto e da comunidade caxiense. Atualmente, o Cantergiani opera com antena NDB, que ajuda na localizaA�A?o e aproximaA�A?o e com VOR, aparelho de auxA�lio por instrumento. Ambos nA?o tA?m capacidade de ajudar o piloto em dias de neblina. O ILS de categoria 3 seria o ideal para dias de forte neblina, mas exige, conforme o secretA?rio Beto, que o aviA?o que opera tenha reciprocidade. Segundo ele, as empresas aA�reas brasileiras nA?o operam com essa categoria de aparelho.
a�� Se fala muito mal do aeroporto de Caxias, indevidamente. Tem restriA�A�es nA?o porque A� ruim, mas porque o clima A� bastante difA�cil a�� ressaltou Beto.
Com a construA�A?o do novo aeroporto, o secretA?rio nA?o descarta, apA?s sua inauguraA�A?o, o fechamento do Cantergiani. Mas isso, segundo ele, dependerA? de discussA�es futuras. Se for desativado, hA? a possibilidade de transferA?ncia do ILS.
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O levantamento de viabilidade tA�cnica, de outubro de 2010, deu nota 9,69 a Vila Oliva e 5,34 para Monte BA�rico, em Farroupilha. Os 15 itens avaliados:
– DistA?ncia ao centro urbano, vias de acesso, relaA�A?o da pista com a cidade, sobrevoo da cidade, ocupaA�A?o do entorno, infraestrutura de serviA�os, obstA?culos fA�sicos, direA�A?o dos ventos, proximidade de outros aeroportos, terraplenagem e topografia, geologia, dimensA�es possA�veis, meio ambiente, A?rea para infraestrutura e desapropriaA�A?o.
O levantamento de demanda, realizado entre marA�o e abril de 2011, foi divulgado na sexta. Confira itens que colaboraram pela escolha de Vila Oliva:
– A populaA�A?o de 435.482 habitantes de Caxias do representa 4% da populaA�A?o estadual e 50% da regiA?o. O PIB, de R$ 11,7 bilhA�es, correspondente a 6,7% do Estado e 55% da regiA?o.
– O volume de carga aA�rea despachada para SA?o Paulo corresponde a cerca de 24% do total transportado pelo Aeroporto Salgado Filho em 2010. A estimativa A� de que Caxias responda por 50% desta carga.A�
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Recursos
O estudo aponta alternativas para viabilizar a obra:
– Programa Federal de AuxA�lio aos Aeroportos.
– ContribuiA�A?o de IntervenA�A?o no DomA�nio EconA?mico.
– OrA�amento Geral do Estado.
– Parceria PA?blico-Privada.
– ImplantaA�A?o e exploraA�A?o pelo regime de concessA?o.
A�Sem previsA?o para obras em Vila Oliva
A preocupaA�A?o com o atual aeroporto de Caxias tem explicaA�A?o. Como nA?o hA? prazo para entrega da construA�A?o do novo em Vila Oliva, caberA? ao Hugo Cantergiani continuar atendendo a regiA?o. De acordo com o secretA?rio Beto Albuquerque, a inauguraA�A?o do novo empreendimento para a Copa de 2014 estA? descartada. Ele destacou que um extenso cronograma deve ser cumprido.
a�� Acho muito difA�cil viabilizar atA� 2014. Mesmo se tivA�ssemos os recursos, nA?s temos de declarar a A?rea de utilidade pA?blica, desapropriar, conseguir o licenciamento ambiental, elaborar os estudos de viabilidade econA?mica, cercar o sA�tio, elaborar os projetos de engenharia, contratar uma empresa para fazer a obra e executar o projeto a�� listou Beto.
Durante a coletiva na CIC, a A?rea foi declarada de utilidade pA?blica pelo prefeito JosA� Ivo Sartori (PMDB), e serA? desapropriada. Os 442 hectares jA? estA?o gravados, inclusive, no plano diretor da cidade como A?rea para o empreendimento.
O projeto em Vila Oliva tem um custo estimado em, no mA�nimo, R$ 150 milhA�es, sem considerar o preA�o das desapropriaA�A�es da A?rea e do acesso rodoviA?rio, hoje de estrada de chA?o. EstA? prevista uma pista de 4,1 mil metros de comprimento por 30 metros de largura e estrutura semelhante A� existente no Cantergiani, como seA�A?o de combate a incA?ndio e terminal de passageiros.
Para a captaA�A?o de recursos, a sugestA?o do governo do Estado A� a criaA�A?o de um grupo de trabalho formado por setores empresariais, do governo do Estado e das prefeituras da regiA?o.
a�� A partir da semana que vem, vou procurar todos os municA�pios e a Amesne (AssociaA�A?o dos MunicA�pios da Encosta Superior do Nordeste) tambA�m a�� declarou Milton Corlatti, presidente da CIC.
Distrito vibra com a notA�ciaNa manhA? de sexta-feira, os moradores de Vila Oliva vibraram com a notA�cia de que agora A� oficial: o distrito irA? receber o novo aeroporto. Sem estradas asfaltadas, hotA�is, postos de combustA�veis ou restaurantes que abram diariamente, quem vive na regiA?o vA? no desenvolvimento do projeto a possibilidade de uma melhor qualidade de vida.
a�� Vila Oliva A� muito abandonada. Quem sabe assim comece ter melhorias no nosso distrito a�� disse a dona de casa Jaqueline Borges, 44 anos.
O nA?cleo urbano do distrito ficarA? a seis quilA?metros da A?rea onde A� esperada a construA�A?o do aeroporto, na localidade de Tabela. Por isso, os moradores jA? preveem alteraA�A�es na rotina, mas sem crA�ticas A�s mudanA�as.
a�� Estou achando A?tima essa histA?ria do novo aeroporto. Sei que vou ter que me acostumar com o barulho, mas isso vai ser melhor para Vila Oliva a�� afirmou a aposentada Dulce Pressi Muner, 79. (Camila Ruzzarin)
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