Dilma deve aumentar cota de “conterrA?neos” do RS no governo
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PORTAL TERRA – BRASIL
FLAVIA BEMFICA
Direto de Porto Alegre
Depois da confirmaA�A?o do atual diretor de Normas do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, como presidente do Banco Central, e da garantia da permanA?ncia do SecretA?rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, no cargo no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), sA? aumentam as especulaA�A�es sobre uma boa cota de gaA?chos no ministA�rio ou em funA�A�es importantes na administraA�A?o da petista. Entre os nomes estA?o os dos deputados federais reeleitos Mendes Ribeiro Filho (PMDB), Maria do RosA?rio (PT), Manuela DA?A?vila (PCdoB) e Beto Albuquerque (PSB).
As especulaA�A�es dA?o conta da permanA?ncia nos cargos de outros dois gaA?chos: os ministros da Defesa, Nelson Jobim (PMDB) e do Desenvolvimento AgrA?rio, Guilherme Cassel (PT). E da possibilidade de Alessandro Teixeira, presidente da AssociaA�A?o Brasileira de PromoA�A?o das ExportaA�A�es (Apex) ser indicado para um ministA�rio.
As esperanA�as de polA�ticos e tA�cnicos do Rio Grande do Sul (a lista inclui outros nomes, como o do atual presidente da FederaA�A?o das IndA?strias do RS, Paulo Tigre) sA?o estimuladas pela conclusA?o de que Dilma passou a maior parte da vida no Estado e, portanto, conhece bem e confia em alguns ‘conterrA?neos’. Apesar de a constataA�A?o ser correta, o jogo polA�tico da formaA�A?o do novo governo A� um pouco mais complexo.
A conjunA�A?o de fatores, que leva em conta as cotas partidA?rias dos aliados, a forA�a de caciques das siglas, o pragmatismo da presidente eleita, o critA�rio tA�cnico, a competA?ncia e as afinidades, pode ser bem exemplificada com o hoje principal aliado, o PMDB. No governo, estA? A� frente das pastas da Agricultura, das ComunicaA�A�es, da Defesa e da SaA?de, alA�m do Banco Central. Para o governo de Dilma, sairA? do BC, pleiteia pelo menos quatro ministA�rios e, se for possA�vel, um quinto. Mas nA?o estA? colocando a Defesa, A� frente da qual sA?o grandes as chances de permanecer Jobim, na equaA�A?o.
“O Jobim A� cota do Lula e vai ficar na Defesa porque, apesar de nA?o se acertar com a Dilma, fez o jogo certo. Despediu-se antes que cogitassem mandA?-lo embora. AlA�m disso, incorporou o personagem, e os militares o adoram. A� difA�cil encontrar alguA�m que eles adorem”, garante outro peemedebista gaA?cho, radicado em BrasA�lia hA? duas dA�cadas.
Os dois ministA�rios dados como certos pelo PMDB sA?o Minas e Energia para o senador reeleito Edison LobA?o (que havia deixado a pasta justamente para disputar as eleiA�A�es) e Cidades para Moreira Franco. O partido almeja ainda permanecer na Agricultura e nas ComunicaA�A�es, abocanhar Transportes e, se possA�vel, a IntegraA�A?o Nacional. Quanto A� Defesa, pode ocorrer o que acontece hoje. Jobim segue, o partido diz que ele A� cota da presidA?ncia e a presidA?ncia que ele A� cota do partido e o PMDB acaba com uma cadeira extra.
Dilma prefere o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, nas ComunicaA�A�es e, por isso, na negociaA�A?o, entram Transportes e IntegraA�A?o. A� onde entra o deputado gaA?cho Mendes Ribeiro Filho. O PMDB aposta que, se levar o que chama de quinto ministA�rio, ele serA? para Mendes, e por vA?rios motivos. Mendes nA?o apenas manteve-se leal a Dilma e em campanha para a petista no Rio Grande do Sul enquanto toda a bancada federal gaA?cha do partido anunciava a altos brados seu apoio ao tucano JosA� Serra. O deputado tem relaA�A?o pessoal de muitos anos com a presidente eleita e com o ex-marido de Dilma, o advogado e ex-deputado Carlos AraA?jo. Dilma, atA� em pA?blico, o chama de “Mendesinho”.
De quebra, a indicaA�A?o do deputado para um ministA�rio ajuda demais ao vice-presidente eleito, Michel Temer, e ao PMDB na CA?mara dos Deputados. Porque, com Mendes ministro, quem assume uma vaga na CA?mara A� o deputado federal Eliseu Padilha, que tentou a reeleiA�A?o e ficou na primeira suplA?ncia. Por isso, Temer tem se empenhado Mendes. Padilha, ex-ministro dos Transportes no governo de Fernando Henrique Cardoso, hoje preside a ComissA?o de ConstituiA�A?o e JustiA�a (CCJ). Em BrasA�lia, seu estilo quase matemA?tico A� famoso. Juntamente com Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, o deputado integra o grupo dos peemedebistas da confianA�a de Temer. E consegue mapear, com margem de erro quase inexistente, os votos na CA?mara: de todas as bancadas.
Mendes, por sua vez, estA? na expectativa, mas tenta ser discreto. “Se tenho trabalhado hA? anos e feito o dever de casa? Sim. Se tenho uma relaA�A?o excelente com a Dilma? Sim. Se converso com o Michel sobre isso? Sim. Se isso vai ser suficiente? NA?o sei. Se fui sondado pela Dilma? NA?o. Quando a pessoa comeA�a a ser apontada para muitas cadeiras, A� melhor olhar de longe e ficar sentada na sua”, resume.
Mais trA?s deputados federais reeleitos voltam os olhos para o Executivo, mesmo que assegurem nA?o haver qualquer sondagem direta: Manuela D’A?vila (PCdoB), Maria do RosA?rio (PT) e Beto Albuquerque (PSB). Manuela foi, de novo, a recordista de votos para a CA?mara no Rio Grande do Sul (482.590). Beto ficou em segundo, RosA?rio em sexto. Manuela nega que tenha havido qualquer sondagem na conversa mantida com o deputado federal paulista e um dos coordenadores da campanha de Dilma, tambA�m cotado para integrar o ministA�rio, JosA� Eduardo Cardozo. “NA?o fui sondada. Acho que ninguA�m foi, porque esta nA?o tem sido a prA?tica”, resume. Ela estA? cotada para o MinistA�rio dos Esportes, que jA? A� do PCdoB, mas existem outras possibilidades. O partido tem defendido a manutenA�A?o do ministro Orlando Silva no cargo e a ampliaA�A?o de seu espaA�o no governo, com secretarias como as da Igualdade Racial, Mulheres, Direitos Humanos e Juventude.
Maria do RosA?rio vem sendo apontada desde a eleiA�A?o como com grandes chances para a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. A deputada tambA�m desconversa. “O que existe atA� agora sA?o diversas pessoas conversando sobre a composiA�A?o do ministA�rio. Isso A� natural. Acho muito positivo que vA?rias mulheres sejam citadas e, de minha parte, se for convidada, vou aceitar.”
A situaA�A?o de Beto A� um pouco mais complexa. No Rio Grande do Sul a especulaA�A?o A� de que ele estA? na lista do PSB para Dilma. O deputado faz questA?o de dizer que se sentiria honrado em ocupar um ministA�rio, mas foi convidado para assumir a poderosa Secretaria da Infraestrutura na gestA?o do governador eleito, Tarso Genro (PT), e aceitou. O PSB estA? no MinistA�rio da CiA?ncia e Tecnologia e a Secretaria Especial de Portos, mas o fato de ter crescido nas eleiA�A�es nA?o A� garantia de que terA? seu espaA�o aumentado de forma significativa no primeiro escalA?o. E os espaA�os atuais jA? tA?m padrinhos dentro do PSB, que nA?o sA?o os de Beto.
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