Trecho que passa pelo municA�pio de Herveiras, eixo norte da RSC-471. Foto: Antonio Paz / PalA?cio Piratini
Os recursos investidos na construA�A?o do eixo norte da rodovia superam o orA�amento previsto para o prA?ximo ano do Daer, de R$ 400 milhA�es. O diretor-geral da autarquia, Vicente de Britto Pereira, disse que se trata de uma obra transformadora do Estado e do PaA�s. Comentou os desafios ao assumir a direA�A?o do A?rgA?o, com a falta de recursos e 2,3 mil quilA?metros de estradas com necessidade de recuperaA�A?o, entre outras dificuldades, como a queda da ponte sobre o rio JacuA�, na RSCa��287, com a enchente no inA�cio deste ano. a�?Aqui foi o maior desafio que tivemos que enfrentar. Quando inauguramos a eixo sul da RSCa��471, nA?o sabA�amos se terA�amos fA?lego para resolver o problema com a paralisaA�A?o das obras no eixo nortea�?, afirmou.
O diretor-geral do Daer encerrou o seu discurso com a citaA�A?o de trecho de um poema de Fernando Pessoa, a�?tudo vale a pena se a alma nA?o A� pequenaa�?, depois de ressaltar os problemas para viabilizar a retomada das obras. Lembrou que em 2008 o governo federal iniciou um processo de federalizaA�A?o do eixo norte da RSCa��471 e colocou R$ 10 milhA�es no orA�amento de 2009 para fazer a estrada. a�?Este governo encarou isso como uma piada e trouxe para si o encargo de fazer a obra, com recursos prA?priosa�?, afirmou.
A construA�A?o do A?ltimo trecho do novo corredor de exportaA�A?o, conforme Britto Pereira, constituiu-se em uma obra emblemA?tica pela complexidade. a�?Foi um desafio que pode ser colocado nos manuais de engenharia pela complexidade dos serviA�osa�?, disse. Ressaltou ainda que o Daer foi o responsA?vel direto pela obra, por meio da sua equipe de tA�cnicos e funcionA?rios. AlA�m disso, destacou que as empreiteiras a�� uma mineira, uma baiana e outra gaA?cha a�� trabalharam com espA�rito gaA?cho.
Britto Pereira fez questA?o de citar os nomes de todos os dirigentes das empresas Andrade Gutierrez, Construtora OAS eA� Conterra, pelo empenho. TambA�m lembrou da importA?ncia das responsA?veis pela supervisA?o dos serviA�os: a STE, a Ecoplan e a Enecon.
Natal especial
A regiA?o este ano terA? um Natal muito especial, acompanhado de um Papai Noel de verdade, conforme a prefeita de Vera Cruz, Rosane Petry a�� referindo-se A� inauguraA�A?o da RSCa��471 e ao diretor-geral do Daer, Vicente de Britto Pereira, devido A� sua barba branca. TambA�m enumerou diversas obras, no seu municA�pio, obtidas nos A?ltimos dois anos em parceria com o governo do Estado.A� Rosane destacou a importA?ncia da rodovia para as atuais geraA�A�es, bem como para as futuras.
InA�cio hA? sete anos
As tratativas para a construA�A?o do trecho inaugurado ontem comeA�aram ainda no governo de AntA?nio Britto. Mas foi no mandato do seu sucessor, OlA�vio Dutra, que ocorreu a definiA�A?o do traA�ado entre Barros Cassal e Santa Cruz do Sul, passando por Herveiras e Vale do Sol, para cumprir exigA?ncias ambientais e enquadrar o trecho de acordo com as normas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para liberar o financiamento de 150 milhA�es de dA?lares. No JapA?o, o governo obteve mais 75 milhA�e de dA?lares do Banco JaponA?s de CooperaA�A?o Internacional (Jbic), para que o Estado nA?o necessitasse entrar com mais contrapartida.
A negociaA�A?o com os bancos internacionais ocorreu entre 1999 e 2001, coordenada pelo entA?o secretA?rio dos Transportes, Beto Albuquerque, que volta ao governo estadual no prA?ximo ano na mesma pasta a�� mas agora com o nome de Secretaria de Infraestrura e LogA�stica. Em dezembro de 2002, houve a assinatura dos contratos para a execuA�A?o dos serviA�os do A?ltimo grupo do Programa Corredores de ExportaA�A?o, para a pavimentaA�A?o de 950 quilA?metros de rodovias.
As obras na RSCa��471 comeA�aram em 3 de abril de 2003, no governo de Germano Rigotto, com prazo de conclusA?o em julho de 2004. Mas em maio, houve a paralisaA�A?o das obras por falta de verbas. Depois de anos de tratativas e apA?s a conclusA?o do A?ltimo trecho no eixo sul, em janeiro de 2009 a governadora Yeda Crusius autorizava o reinA�cio das obras no lote 3, entre Vera Cruz e Santa Cruz do Sul, e no inA�cio de junho a retomada nos lotes 1 e 2, entre Barros Cassal e Vera Cruz, com recursos dos cofres estaduais. Desde entA?o, as obras nA?o pararam mais atA� a conclusA?o.
